Nelson Oliveira aventurou-se em fuga na 12.ª etapa para ajudar o líder da Movistar
Nelson Oliveira respondeu ao pedido da Movistar para estar na fuga do dia, mas acabou derrotado pelas montanhas, pelas dores nas costelas e pelo calor, na 12.ª etapa da Volta a França em bicicleta.
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"A equipa tinha pedido para alguém estar na fuga. Também se previa uma fuga grande, mas não foi esse o caso. E eu fui para a fuga para, se houvesse ataques na Croix-de-Fer e a corrida se partisse, a equipa ter alguém do outro lado para ajudar o líder", explicou Nelson Oliveira, à agência Lusa.
O ciclista português embarcou, ao quilómetro cinco, na aventura de escapar ao pelotão na dura segunda jornada alpina, que começou em Briançon, subiu o Galibier e o Col de la Croix-de-Fer, e terminou no Alpe d'Huez, depois de 161,5 quilómetros.
No entanto, o experiente ciclista de Vilarinho do Bairro, de 33 anos, descolou a 60 quilómetros do final, e não mais conseguiu alcançar os seus companheiros de fuga, que haveriam de discutir entre si a etapa, com o britânico Thomas Pidcock (INEOS) a impor-se no Alpe d'Huez.
"Ter perdido o contacto foi decisivo, mas dada a situação em que me encontro... Não tenho estado muito bem nos últimos dias. As costelas ainda não estão a 100% e o próprio calor não ajuda nada", assumiu o atleta, à Lusa.
Nelson Oliveira, que caiu na oitava etapa e ainda sofre com as mazelas da queda, promete voltar a tentar a sua sorte numa fuga até Paris, onde, em 24 de julho, termina a 109.ª edição da Volta a França. "Ainda falta muito Tour. Espero que ainda seja possível estar noutra", concluiu.
O português terminou na 58.ª posição, a 22.17 de Pidcock, e é 74.º na geral, a 1:40.33 horas do camisola amarela, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma).