Brasileiro prepara-se para deixar o Al Hilal com sete jogos feitos, um físico debilitado e no ponto mais baixo da carreira. Só o Santos, do Brasil, parece disposto a receber o filho pródigo.
Corpo do artigo
Nesta altura, o mais provável é que a passagem de Neymar pelo Al-Hilal e pelo futebol saudita se resuma a um rotundo fracasso para todas as partes, sendo que, no caso do jogador, financeiramente tenha sido tudo menos uma desilusão. Para junho está marcado o fim desta ligação de dois anos que prometia tanto, que foi anunciada como mais um grande passo rumo à afirmação do futebol da Arábia Saudita à escala mundial, e que renderá qualquer coisa como 200 milhões de euros ao internacional brasileiro. Mais 90 milhões de euros que o Al Hilal pagou ao Paris Saint-Germain pela transferência e temos um investimento próximo dos 300 milhões. O retorno: sete jogos, um golo, duas assistências e, ao contrário de outros defensores bem pagos da causa, um silêncio quase total em relação aos méritos e às qualidades do campeonato local.
Prestes a cumprir 33 anos e em final de contrato, Neymar deveria estar ainda num momento de forma que faria dele um dos alvos mais apetecíveis do futebol mundial, mas a passagem pela Arábia Saudita, ainda que tenha dado para acumular mais uns milhões, fez mossa na carreira. Só falta saber a dimensão dos estragos. Uma rotura de ligamentos, que o afastou dos relvados quase um ano, e outras lesões que se seguiram deixam dúvidas quanto à fiabilidade física do avançado, até porque a passagem por Paris também não foi favorável nesse sentido. Na altura da saída do PSG, fizeram-se contas e conclui-se que em seis anos esteve mais de 700 dias inapto para competir. Mais: desde o Mundial 2022, ou seja, nos últimos dois anos, disputou apenas 20 jogos. Tendo isto em conta, não surpreende o desinteresse dos grandes clubes na sua contratação, apesar de estar no mercado a custo zero.