No programa "Universo Porto da Bancada" desta terça-feira, no Porto Canal, Francisco J. Marques teceu críticas à APAF e ao videoárbitro e explicou ainda porque Fontelas Gomes não subiu à primeira categoria.
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"É inexplicável que o Benfica tenha as informações todas sobre os árbitros e a APAF [Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol], até agora, nem uma palavra em defesa dos árbitros. Estamos a falar de árbitros como Soares Dias, Rui Costa, Jorge Sousa, os árbitros que dirigem os jogos. Isto é uma forma de pressão e condicionamento inaceitável. E é feita com a cumplicidade da APAF. Acontece qualquer coisa e a APAF faz a defesa dos seus associados e é isso que é normal numa associação de classe, mas perante este caso, nem uma palavra. Isto é muito grave, conhecendo o passado. Em tempos divulgámos um pedido de bilhetes do Presidente da APAF ao Benfica. Na altura parecia mais uma vítima, mas hoje em dia começa a ser complicado aceitar isso", começou por criticar.
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Francisco J. Marques criticou, ainda, o videoárbitro, afirmando que esta tecnologia tem prejudicado o F. C. Porto no campeonato. "O VAR é uma ferramenta útil para ajudar os árbitros em Portugal. No caso do F. C. Porto está a ser muito mal aplicada, custou-nos quatro pontos, nos jogos com o Aves e o Benfica. O VAR devia ter corrigido más decisões do árbitro principal: duas grandes penalidades claras. No jogo com o V. Setúbal, o VAR discutiu com o árbitro. Discutiu no bom sentido. Esse seria o procedimento natural a ter no lance da mão do Luisão, muito evidente, e no lance do pontapé no Danilo, no jogo das Aves. De que serve o VAR quando não atua quando tem de atuar? São muito poucos os jogos em que os árbitros vão ao VAR. Em Portugal parece que se demitem disso", disse.
"O VAR precisa de transparência. De tornar públicas as comunicações e imagens de tudo. Fazer tudo às claras, quem não deve não teme. Ninguém está contra o VAR, estamos contra este, mal aplicado. O F. C. Porto devia estar isolado com quatro pontos sobre o Sporting e oito sobre o Benfica", concluiu.
No que diz respeito a Fontelas Gomes, de acordo com o diretor de comunicação do F. C. Porto, o agora presidente do Conselho de Arbitragem teve a oportunidade de ser promovido em duas ocasiões, explicando a segunda: "Na última vez que esteve prestes a subir, em 2009/10, ficou em quinto lugar e subiram quatro árbitros. Ficou a milésimos do lugar que dava promoção. Nesse ano, os promovidos foram o Hélder Malheiro, o Rui Silva, o Jorge Ferreira e o Manuel Mota. Quando ouvimos isto, temos a resposta para o Pedro Guerra e a questão de porquê o Fontelas Gomes nunca subiu à primeira categoria", atirou.