João Noronha Lopes admitiu, na noite deste domingo, "aproveitar as boas ideias de João Diogo Manteigas" caso seja eleito presidente do Benfica. Candidato foca ataque em Rui Costa, que considera o presidente do "quase campeonato", justifica chumbo do Relatório e Contas e não "dramatiza" medida que pode deitar abaixo a direção por não deixar passar as contas por duas vezes.
Corpo do artigo
Numa entrevista à SIC, o candidato "piscou" o olho a João Diogo Manteigas, outro dos atuais concorrentes à liderança do Benfica. "Aproveitarei boas ideias, as boas ideias de João Diogo Manteigas, na parte do associativismo, a maneira como ele ativa vantagens do cartão do adepto", sublinhou Noronha Lopes, numa posição que pode ser vista como uma possível aproximação para um apoio, em caso de uma segunda volta.
Além da referência ao líder da lista C, Noronha Lopes centrou o ataque em Rui Costa. "Se ganhar um campeonato em quatro anos, não volto a candidatar-me", referiu numa alusão clara ao atual número um que só conquistou um título no mandato.
Por outro lado, acentuou a censura e apelidou-o do presidente do "quase". "A diferença é entre alguém que tem resultados e quem não os apresenta. É o presidente do quase. Quase que ganhámos o campeonato, quase que ganhámos a Taça, quase que temos resultados financeiros bons, quase que soubemos defender o Benfica e que temos uma rádio", acentuou.
O responsável voltou a referir que, se for presidente, Bernardo Silva jogará no Benfica, embora não tenha definido qualquer espaço temporal para o efeito. "Falarei com ele, uma das prioridades é fazer todos os possíveis para trazê-lo. Se for eleito, Bernardo será jogador do Benfica.", destacou
Ao contrário de alguns candidatos, não "dramatiza" o artigo dos estatutos que permite a queda da direção, em caso de dois chumbos consecutivos do relatório. "Não me sinto confortável, nem concordo, mas não o dramatizo. Qualquer direção tem de saber viver com os estatutos", sublinhou.
O responsável justificou ainda o motivo pelo qual também votou no sentido da reprovação do último Relatório e Contas com um resultado positivo de 30 milhões de euros. "O relatório apresenta resultados correntes positivos - saldo entre receitas e despesas - devido a uma receita excecional, do mundial de clubes. O resultado líquido é positivo, apenas e só pela venda de João Neves e a avaliação global que faço é negativa", referiu.