Oito governantes do novo Executivo torcem pelo Benfica, três pelo campeão Sporting, um pelo F. C. Porto. Mas há seis que não ligam nada ao futebol.
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Na semana em que o novo Governo tomou posse, o JN procurou descobrir as preferências clubísticas dos 18 ministros que terão a missão de comandar os destinos do país nos próximos quatro anos. O Benfica lidera as opções de oito governantes, entre eles António Costa - o primeiro-ministro costuma ser, aliás, presença assídua no Estádio da Luz. Pedro Adão e Silva, agora na tutela da Cultura, surge logo a seguir como indefetível encarnado, depois de ter feito parte da lista de Noronha Lopes às eleições do clube, além de ser conhecido do espaço mediático televisivo como adepto assumido na defesa do Benfica. Também Fernando Medina, ex-presidente da Câmara de Lisboa, nunca escondeu o benfiquismo. Mais discretos são António Costa Silva (Economia e do Mar), José Luís Carneiro (Administração Interna), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Maria do Céu Antunes (Agricultura) e João Gomes Cravinho (Negócios Estrangeiros).
No outro lado da rivalidade lisboeta está Duarte Cordeiro, que saiu muito satisfeito da final da Taça da Liga, em Leiria, onde assistiu à vitória do Sporting, clube que partilha a preferência com a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino, Elvira Fortunato, que guardou do pai o hábito frequente de visitar Alvalade. Na juventude, até tentou ir fazer um treino no clube, mas os leões ainda não tinham equipa feminina...
Isolado no Governo está Pedro Nuno Santos, o único simpatizante do F. C. Porto e que apoia também a Sanjoanense. Mas nem todos os ministros têm interesses ou simpatias clubísticas. Para alguns, o futebol é algo que lhes passa completamente ao lado. O ministro da Educação João Costa, por exemplo, confessa aos amigos que se considera "um agnóstico" do futebol, caminho que Marta Temido (Saúde), Ana Catarina Mendes (Assuntos Parlamentares), Ana Carreiras (Defesa) e Catarina Sarmento e Castro (Justiça) também seguem.