Botafogo sagra-se campeão brasileiro, algo que não acontecia desde 1985. Artur Jorge é o terceiro treinador luso a ganhar o título nos últimos seis anos.
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A festa continua para Artur Jorge. Uma semana depois de ter levado o Botafogo à inédita conquista da Taça Libertadores, o treinador minhoto sagrou-se este domingo campeão brasileiro, um título que o clube do Rio de Janeiro não ganhava há 39 anos. O feito histórico levou o ex-técnico do Braga a tornar-se o terceiro português a levantar o caneco nos últimos seis anos, depois de Jorge Jesus ganhar o Brasileirão pelo Flamengo, em 2019, e de Abel Ferreira ter sido bicampeão ao leme do Palmeiras, em 2022 e 2023.
A equipa carioca partiu para a última jornada do campeonato com três pontos de avanço sobre o Palmeiras, que tinha de ganhar ao Fluminense e esperar por uma derrota caseira do líder diante de um São Paulo sem vários habituais titulares. Nenhum destes resultados aconteceu e a multidão que encheu o estádio Nilton Santos festejou em clima de euforia o terceiro título brasileiro da história do Botafogo, que só tinha sido campeão nacional em 1968 e 1995.
Do Allianz Parque vieram sempre boas notícias na perspetiva do “Fogão”. Praticamente no mesmo minuto em que os cariocas, com Alex Telles no onze, se adiantavam ao São Paulo graças a um golo do atacante Savarino, o Fluminense, que ainda lutava pela fuga à despromoção, marcou ao Palmeiras, abrindo caminho a uma vitória por 1-0. Numa época sem o brilho das anteriores, a equipa de Abel não chegou sequer ao empate no resto do jogo, o que tornou quase irrelevante o golo marcado pelo São Paulo no “Engenhão”, durante a segunda parte. Perto do fim, já com Tiquinho Soares em campo, o Botafogo fez o 2-1, por Gregore, assinando o melhor final possível num dia de sonho para os auri-negros, que na temporada passada tinham deixado escapar o título para o Palmeiras na reta final do campeonato, depois de desperdiçarem uma enorme vantagem pontual.
Segue-se a Intercontinental
A época do Botafogo ainda não terminou e para hoje está marcada a partida rumo ao Catar, onde a equipa de Artur Jorge vai representar a América do Sul na edição de 2024 da Taça Intercontinental da FIFA, o nome atual da prova anteriormente conhecida por Mundial de Clubes, que recuperará o nome e mudará de formato no próximo ano, com a participação de F. C. Porto e Benfica. Depois de amanhã (17 horas), o “Fogão” defronta o Pachuca, do México, e se ganhar jogará no sábado com o Al Ahly, do Egito, numa partida que dá acesso à final do próximo dia 18 com o Real Madrid.