Nuno Lobo apresenta queixa contra desconhecidos por escutas ilegais e perseguição
Nuno Lobo, candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol, apresentou uma queixa-crime no Ministério Público, por considerar estar a ser alvo de espionagem.
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Nuno Lobo é, para já, o único candidato assumido à presidência da Federação Portuguesa de Futebol, nas eleições que decorrerão em fevereiro do próximo ano. O presidente da AF Lisboa apresentou uma queixa-crime contra desconhecidos, por escutas ilegais, perseguição e violação da intimidade.
Na queixa-crime a que o JN teve acesso, Nuno Lobo refere que tem sido vítima de "situações estranhas" e "seguido e perseguido". O candidato à FPF diz que todos os contactos telefónicos e pessoais que tem feito têm sido do domínio público e acredita ter o telemóvel sob escuta, estando a ser "controlado" no dia-a-dia.
Nuno Lobo queixa-se ainda de estarem a circular fotografias, entre diversos agentes e dirigentes desportivos e nas redes sociais, em encontros que teve, de norte a sul do país, com outras pessoas, nomeadamente nas cidades de Porto e Lisboa. É aqui que o nome de Rui Caeiro, diretor executivo da Liga, entra.
"Essas mesmas fotografias foram partilhadas, a pessoas, através do aplicativo WhatsApp, pelo diretor-executivo da Liga Portugal, Rui Pereira Caeiro. Homem de confiança e 'braço direito' do presidente da Liga Portugal e candidato a presidente da direção da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença", pode ler-se, na queixa-crime que o JN teve acesso.
Apresentando um "printscreen", em anexo, de uma conversa na referida aplicação, lê-se numa mensagem "sabemos onde esteve e por onde anda". Por este motivo, Nuno Lobo acredita estar a ser "seguido e perseguido" e que tem sido violado o direito à intimidade e reserva da vida privada. "Faz com que o mesmo viva, presentemente, atemorizado e amedrontado com o que lhe possa vir a acontecer", lê-se.
Contactado pelo JN, a Liga Portuguesa de Futebol e o diretor executivo Rui Caeiro optaram por não comentar o assunto.