As finais também se jogam e o Chelsea jogou muito, primeiro ao ataque e depois a defender, para ganhar na cidade Invicta, conquistar a segunda "orelhuda" da história e assim deitar por terra o sonho do Manchester City em ser feliz na primeira vez em que se viu nestas andanças.
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Depois da FA Cup, Thomas Tuchel, que chegou a Londres no final de janeiro, também tira a Champions a Pep Guardiola e passa um pano na derrota na final da época passada, então ao serviço do Paris Saint-Germain. Havertz, na jogada que os "blues" tentaram vezes sem conta, decidiu no dia em que o Dragão, mais de um ano depois, voltou a ter o que só é possível com adeptos nos estádios. E soube tão bem! Foram poucos, mas bons.
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Não foi preciso esperar muito para perceber o que seria o jogo - o onze dos "cityzens", sem qualquer médio "destruidor", ajudou - e foram 90 minutos do mesmo. O City com a bola, mas sem saber muito bem o quê, o Chelsea a defender, e a saber muito bem como o devia fazer, aproveitando depois da velocidade de Werner e Havertz e o critério de Mount para pôr Rúben Dias e Stones em apuros. Não foi grande surpresa, então, que o 0-1 aparecesse precisamente num lance assim, depois de Werner desperdiçar duas vezes e Rudiger tirar a felicidade que parecia destinada a Foden.
O golo a fechar a primeira parte só acentuou a tendência do duelo. O City pressionou, insistiu e até se defendeu melhor, mas o Chelsea foi um muro à frente da área de Mendy: ao contrário dos avançados do Chelsea, os dos "cityzens" raramente receberam a bola em situações vantajosas, ao que também não são alheias as exibições modestas de De Bruyne ou Bernardo Silva. Oportunidades a sério para o empate nem vê-las e até foram os "blues" a estarem mais perto do segundo numa das três ou quatro vezes que passaram do meio-campo.
Com o avançar do tempo, o City começou a encontrar falhas na aula defensiva de Tuchel, só que também já era a altura em que a cabeça não é capaz de acompanhar o coração. Guardiola começou sem pontas de lança e acabou com dois, mas fazer chegar a bola a Gabriel Jesus e Aguero foi missão impossível. Nos últimos minutos, o City ainda esqueceu tudo do que aprendeu, virou-se para o chutão, só que nem assim. Com o azul à F. C. Porto como pano de fundo, foi nesses tons que a festa também se fez. O Chelsea foi um campeão de betão.
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