Treinadores lusos dizem que, apesar do valor de Espanha, é possível Portugal vencer a final e voltar a conquistar a Liga das Nações.
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O que é preciso para Portugal vencer amanhã a Espanha e conquistar, pela segunda vez, a Liga das Nações? A equipa das quinas vai ter pela frente o atual campeão europeu em título, mas apresenta como cartão de visita o épico triunfo sobre a Alemanha (2-1), em Munique, após ter estado a perder. “As meias-finais mostraram que é possível Portugal vencer a Espanha. Há 15 dias diria que as possibilidades eram menores, mas a última meia hora dos dois jogos evidenciou que o desejo português de ganhar é perfeitamente possível de ser concretizado”, vinca, ao JN, o treinador Francisco Chaló.
Se Portugal for capaz de explorar as debilidades defensivas que os espanhóis exibiram na reta final do jogo com a França, em que uma vantagem categórica de 5-1 se diluiu até 5-4, será meio caminho andado para vencer na final. “A forma excelente como a seleção reagiu à desvantagem e a capacidade que mostrou de surpreender o último reduto alemão são argumentos que dão esperança de uma vitória portuguesa”, acrescenta Francisco Chaló.
“A Espanha tem um ataque muito forte, o que exigirá grande atenção da defesa de Portugal. Mas há formas de surpreender o adversário, como o provam os quatro golos que os espanhóis sofreram com a França. A defesa é o setor menos bom desta seleção”, projeta, ao JN, o treinador Luís Freire.
“Prevejo um jogo de grande nível, com golos, em que o fundamental será defender bem e mostrar qualidade na definição, tentando dominar a meio-campo e aproveitar as oportunidades a atacar”, acrescenta o ex-técnico do Vitória de Guimarães.
Lamine Yamal é a estrela do momento na La Roja, mas os técnicos ouvidos pelo JN dizem que é preciso estar atento a outros jogadores. “O perigo maior é o coletivo. Yamal está num grande momento, mas jogadores como Pedri e Nico Williams também têm de ser bem vigiados”, assinala Luís Freire.“Reduzir o adversário ao fenómeno Yamal seria um grande erro. A capacidade coletiva é o forte de Espanha”, conclui Francisco Chaló.
A equipa das quinas tenta conquistar a segunda Liga das Nações da história, depois de ter derrotado, no Estádio do Dragão, a seleção dos Países Baixos, em 2019. Foi o segundo título europeu em termos de seleção principal, a juntar ao êxito estrondoso da conquista do Euro 2016.