Podia ter eliminado o novo campeão nacional de cadetes, Silas Monteiro, por falta de comparência, mas foi a jogo.
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Quem já perdeu uma boa oportunidade por ter confundido as horas? A Silas Monteiro quase lhe custou o título de campeão nacional de cadetes, e não fosse o desportivismo do adversário na primeira ronda do mapa final do torneio, Dinis Costa, iria mesmo deixar esse sonho por cumprir. A história começa com uma "má interpretação do calendário pelo Novelense", clube onde joga Silas Monteiro, que era o primeiro cabeça de série do torneio. "Pensavam que só ia jogar às 16 horas, mas às 13h10 ligam-me para ir para o jogo que estava marcado para as 13h", conta o jovem, que saiu de casa a correr.
Enquanto isso, Dinis Costa aguardava pelo adversário, no Pavilhão Municipal de Gaia, onde decorria a prova. "O árbitro pediu para esperar, mas achei estranho. Um jogador do calibre do Silas não ia chegar atrasado sem uma boa razão", pensou. Apesar de poder ser declarado vencedor do encontro por falta de comparência do opositor, Dinis acertou logo ali que retomaria o jogo caso fosse disputado a uma hora razoável.
Assim que chegou ao pavilhão, 25 minutos após a hora prevista, Silas contactou o treinador adversário e a partida ficou agendada para o início dessa tarde. Para Dinis, esse era o cenário mais justo, mesmo que tenha perdido por 3-0. "No ténis de mesa, como em qualquer desporto, o respeito deve ser muito importante para manter a modalidade íntegra", sublinha. Para si, o mais importante era "aproveitar ao máximo" a oportunidade de defrontar "um dos melhores jogadores, talvez o melhor, para poder crescer como atleta".
Silas diz-se grato pela atitude de Dinis. "Se ele não tivesse deixado jogar, eu nunca poderia ser campeão nacional de cadetes". Sim, Silas Monteiro acabaria mesmo por vencer o torneio. Só de imaginar que quase era eliminado por falta de comparência...