Técnicos sofrem de pressão constante e de desgaste psíquico. Klopp e Xavi são as vítimas recentes de stress.
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Não é só orientar treinos e ir aos jogos. A vida de um treinador de futebol tem muito mais que se lhe diga. Nos últimos tempos, Jurgen Klopp e Xavi anunciaram que vão sair de Liverpool e Barcelona, respetivamente, no final da época. O primeiro, diz que está “sem energia”. O segundo, sente que o “trabalho não foi valorizado”, mesmo tendo sido campeão na última temporada. Mas afinal, que tipo de pressão estão sujeitos os técnicos?
A rotina do “mister” é muito mais complexa do que se pensa. São reuniões constantes, planeamento de treinos, filmagem e análise das sessões de trabalho, definição de estratégias para os jogos e ainda as conferências de imprensa. Este ciclo, todos os dias. Raras são as folgas. A juntar à gestão do plantel, ter de liderar com diferentes personalidades e tomar decisões de forma a ter o grupo sempre na mão. Se isto já causa pressão a um técnico de um clube “pequeno”, imagine-se num Liverpool ou num Barcelona. O caso de Jurgen Klopp é interessante. Disse amar os “reds”, mas não tem mais energia para dar sequência a um trabalho iniciado há nove anos. Há uma frase que envelheceu bem. Nos tempos do Borussia Dortmund, em declarações para um documentário, disse: “O tempo é tenso para nós [treinadores]. Nunca ultrapassamos limites, mas estamos sempre perto deles”. Parece que agora chegou o limite do alemão.