Eleito a 5 de março de 2022, faz hoje um ano, com 62,5% dos votos, António Miguel Cardoso tem motivos para estar satisfeito com o trabalho desenvolvido no primeiro ano de mandato como presidente do V. Guimarães.
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Apesar de um início de mandato atribulado, com as saídas de Diogo Boa Alma do cargo de diretor desportivo e de Pepa do comando técnico da equipa de futebol, paulatinamente o presidente do V. Guimarães foi impondo algumas das ideias apresentadas durante a campanha eleitoral que levaram à vitória final, à frente de Miguel Pinto Lisboa e Alex Costa.
Num ano, a obra de António Miguel Cardoso fica marcada pela redução da folha salarial, a extinção da equipa de sub-23 e a rescisão de jogadores que não se conseguiram impor no quadro vitoriano. Estas medidas levaram à redução do passivo e ao equilíbrio financeiro, dois vetores necessários na gestão do clube.
"Encontrámos o clube numa situação muito difícil, sem grandes fontes de rendimento. Havia uma série de dívidas para pagar, a começar pelo pagamento das ações de Mário Ferreira, e a anterior direção já havia gasto os 20 milhões de euros antecipados em receitas televisivas e, por isso, tivemos de negociar passes de alguns jogadores, aliviando ao mesmo tempo a folha salarial das equipas profissionais", explicou António Miguel Cardoso ao site do V. Guimarães.
No último verão, a SAD fez um encaixe a rondar os 20 milhões de euros no mercado de transferências, destacando-se a venda de André Almeida, por oito milhões de euros, para o Valência, com o V. Guimarães a salvaguardar 20% do passe, e de Gui para o Almería, por cinco milhões de euros, ficando garantida 25% da mais-valia numa futura venda.
No plano desportivo, a aposta na formação e do ADN vitoriano têm sido bem vincadas e com resultados ao encontro das ambições dos dirigentes. Os conquistadores estão isolados no quinto lugar do campeonato e com possibilidades de aumentarem distâncias para os mais diretos adversários.
A desejada união entre a massa adepta também tem dado passos seguros e, na sexta-feira, em assembleia-geral extraordinária, os sócios acreditaram no pré-acordo estabelecido com a V Sports e deram luz verde, por larga maioria, à entrada de um parceiro minoritário na SAD.
"Graças à entrada do novo parceiro do Vitória SC, que mereceu ampla aprovação da parte dos associados, poderemos manter a maioria dos nossos atletas e fazer face a obras indispensáveis na nossa Academia e no Estádio D. Afonso Henriques. Aos poucos, o clube começa a levantar-se para voltar a ocupar uma posição de relevo no futebol português, e até na Europa, e não ficaremos por aqui", destaca o presidente.
A decisão da entrada do investidor permite a entrada imediata de 5,5 milhões de euros para liquidar a dívida com Mário Ferreira, antigo acionista maioritário, e resolver outras questões financeiras pendentes. Os dois milhões destinados a infraestruturas permitirá à Direção do V. Guimarães avançar com a conclusão do miniestádio e proceder a outras melhorias na academia e no Estádio D. Afonso Henriques.
A finalizar, em declarações ao site do V. Guimarães, António Miguel Cardoso olha para o futuro com otimismo: "Uma das minhas preocupações era estruturar o Vitória SC e, nesse sentido, foi constituído um organograma muito concreto, que será, por certo, uma mais-valia para as futuras direções, quando a minha já não estiver em funções. O Vitória SC está agora muito mais estruturado, com os departamentos articulados e a servirem melhor o clube".