Grupo de Guimarães com irmãos, primos, filhos e sobrinhos esteve em Baltar e Góis, e não se vai ficar por aqui
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António, Alfredo e Luís Borges são três irmãos de Guimarães. A eles juntam-se primos, filhos, sobrinhos e amigos. Este ano, são nove a acompanhar o Rali de Portugal, com o JN a encontrá-los a almoçar no centro de Góis, junto à ponte romana, onde iam passando alguns carros entre as classificativas da Lousã e de Góis. Para combinar a ida à prova, têm um grupo que chamam os "Borges Rali Tinto"
"Ficámos numa Zona Espetáculo que não era grande coisa, a 12. Tinha muita vegetação e era difícil ver os carros. Escolhemos Góis porque era um ponto intermédio do dia, nem era muito cedo como na Lousã nem muito tarde como em Arganil", conta Luís Borges. Dali, os Borges, como se intitulam, ainda iam arrancar para Mortágua. "Já estivemos em Baltar e ainda vamos estar no último dia", assegura Alfredo Borges.
E há quanto tempo os Borges acompanham o Rali de Portugal. A resposta é dada pelo mais velho dos três irmãos, António. "Faz agora 38 anos. Somos do tempo do Markku Allen e do Ari Vatanen", aponta. Alfredo completa que até nos anos em que a prova se realizou no Algarve não desmobilizaram. "Íamos e ficávamos os dias todos. A distância não é um obstáculo", garantem os fãs do Rali.
Quanto a preferências, enquanto uns se inclinam para Loeb e Ogier, António e Alfredo são mais fãs do estoniano Ott Tanak. "Mas é só desde que ele não ganha. Enquanto ganhava eles não lhe ligavam muito", brinca o outro irmão Borges.
Dia começa cedo
Para estar em Góis a tempo da classificativa da manhã, o grupo saiu de Guimarães às quatro horas da madrugada. E nem foi tarde, em comparação com outros anos. "Já houve anos em que saímos às duas. Desta vez saímos às quatro", afirma Alfredo. Quanto ao que os move, são duas coisas: "não só as máquinas, mas também o convívio", asseguram. Entre feijão, panados, vinho branco e cerveja, vão fazendo a sua refeição, com a praia fluvial da Peneda ali ao lado. "Este ano não, mas há três anos ainda fomos ao banho", recorda Luís.
Hoje o Rali de Portugal fixa-se no Norte, com classificativas em Vieira do Minho,
Cabeceiras de Basto, Amarante e a superespecial do Porto.