Otamendi decide Brasil-Argentina manchado por violência, Messi critica "repressão"
O "superclássico", a contar para a fase de qualificação sul-americano para o Mundial 2026, voltou a deixar cenas tristes para a posteridade. Os campeões do Mundo chegaram a abandonar o relvado, mas venceram no Maracanã.
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Era para começar à meia-noite (hora portuguesa) mas o Brasil-Argentina, da sexta jornada da fase de apuramento para o próximo Mundial, começou trinta minutos mais tarde, devido a confrontos nas bancadas entre adeptos das duas seleções e a polícia, que começaram na altura dos hinos.
Os confrontos foram feios, a tal ponto que jogadores argentinos e brasileiros foram até ao local para tentar acalmar os ânimos. Futebolistas da Argentina chegaram mesmo a subir à bancada na tentativa de conter a violência.
Lionel Messi foi um dos mais interventivos, chegando mesmo a dar instruções para os jogadores da albiceleste abandonarem o relvado. "Vimos que estavam a bater nas pessoas, mas a intenção nunca foi abandonar o jogo. Foi uma maneira e acalmar os ânimos, de tranquilizar um pouco as coisas. Podia acontecer uma desgraça, por isso decidimos ir para dentro, perguntar como estavam os familiares", esclareceu, após o encontro.
Mais tarde, através das redes sociais, Messi foi mais duro nas palavras: "Grande vitória no Maracanã, ainda que fique marcada, mais uma vez, pela repressão aos argentinos no Brasil. Isso não se pode tolerar, é uma loucura que tem que terminar já!!", escreveu.
Dentro do campo, as coisas foram mais ou menos pacíficas, tendo em conta a rivalidade e o que se passou antes do apito inicial. O resultado (0-1) foi decidido com um golo do benfiquista Otamendi, aos 63 minutos, que implicou a primeira derrota de sempre do Brasil, em casa, em jogos a contar para fases de apuramento para Campeonatos do Mundo. A crise no "escrete" também se agudizou (apenas sete pontos somados em seis jornadas), enquanto a Argentina segurou a liderança e reagiu da melhor maneira à derrota com o Uruguai.