O médio do F. C. Porto afirmou, esta terça-feira, que "sempre quis ajudar o clube" e não escondeu a felicidade por poder continuar a jogar de dragão ao peito.
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Otávio renovou até 2025 com os azuis e brancos e não podia estar mais contente, ou não se considerasse "em casa". O jogador de 26 anos, que chegou ao F. C. Porto em 2014, tendo ingressado na equipa B e, posteriormente, foi cedido ao Vitória de Guimarães, cumpre a quinta época consecutiva na Invicta e tem sido umas das escolhas imprescindíveis de Sérgio Conceição no onze.
Ainda antes da renovação, o presidente Pinto da Costa destacou a importância do médio, um reconhecimento que deixou Otávio contente. "É um orgulho quando o presidente cita algum nome. Ele disse que tinha intenção de renovar comigo e tu ficas com outro sentimento. Falei com os meus empresários para resolver logo o assunto, porque faria todos felizes e a mim também, que me sinto em casa", começou por dizer em entrevista ao Porto Canal, garantindo que nunca quis sair do clube portista a custo zero.
"Nunca pensei em sair de graça do F. C. Porto, sempre quis ajudar o clube e ajudar-me a mim também. Graças a Deus as coisas aconteceram de forma a que todos ficassem felizes. Escolher o F. C. Porto foi o melhor que fiz e estou muito feliz, mesmo. É um sonho realizado renovar, porque sinto-me em casa. Quero poder mostrar mais ainda nos próximos anos e ganhar mais coisas".
Otávio já conquistou, desde que chegou aos azuis e brancos, uma Taça de Portugal, dois campeonatos e duas Supertaças. O médio tem estado em bom nível mas não escondeu que, no início, a adaptação ao nosso país "não foi fácil" e, por isso mesmo, faz questão de ajudar os companheiros de equipa sempre que pode.
"Nunca é fácil manter um nível bom. Quando cheguei, tive bastante dificuldade para me adaptar ao futebol português. Joguei na B, ser emprestado ao Vitória foi uma coisa que também me ajudou muito, evoluí bastante e também estive lá com o mister Sérgio Conceição. Ontem mesmo mandei uma mensagem ao Evanilson por causa disso, disse-lhe 'também já passei por isso, de jogar na B, tens de dar a tua vida aí que a tua hora e momento vão chegar, isso é normal, é a adaptação'. Passei por isso, consegui ser forte, quando fui chamado para jogar na B, só a treinar eu ia da mesma maneira e foi isso que me fez chegar até ao topo", contou, destacando a ausência de Sérgio Conceição.
"Ele ajudou-me muito. Toda a gente sabe que ele é exigente e foi isso que me ajudou, precisava de um treinador que fosse exigente comigo e com um grupo. Às vezes achas que está bem e não, tens de ser cobrado ao máximo. Como ele cobra todos ao máximo, cada um consegue tirar o seu melhor. Não é à toa que muita gente aqui não era valorizada no F. C. Porto e hoje, graças ao treinador, há muitos que estão muito bem, como eu ou o Marega, que antes era criticado e agora é elogiado em alguns jogos".
Numa época em que os adeptos não puderam marcar presença nos estádios, Otávio não esqueceu os apoiantes garantindo que o apoio vindo das bancadas "faz muita falta".
"Houve jogos em que, se tivéssemos adeptos, com certeza iríamos ganhar, mas empatámos alguns. É outra sensação sentir o apoio dos adeptos. Mas não falta fora do estádio. Onde quer que estejamos, eles tentam dar apoio à equipa, mesmo pagando multas, mas eles vão lá. Que acabe esta pandemia para poder ter esse apoio de volta", concluiu.