Ovarense condena agressão mas critica "posição do U. Lamas de não voltar ao jogo"
O jogo entre a Ovarense e o U. Lamas, da Divisão de Elite de Aveiro, foi interrompido, no domingo, perto do intervalo, devido a uma agressão por parte de um adepto da equipa da casa ao guarda-redes dos lamacenses. Os responsáveis pelo clube de Ovar garantem, em comunicado, que havia condições para que o encontro fosse retomado.
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Numa nota publicada nas redes sociais, a Ovarense "repudia de forma veemente" os acontecimentos que levaram à interrupção do encontro frente ao U. Lamas, a contar para a penúltima jornada da fase de subida da Divisão de Elite de Aveiro.
O jogo foi suspenso no tempo de compensação da primeira parte na sequência de uma agressão ao guarda-redes do U. Lamas, Nuno Dias, por parte de um adepto da Ovarense que invadiu o terreno de jogo para pontapear o jogador, que acabaria por ser transportado ao hospital.
"Tratou-se de um ato isolado, triste e que em nada é condizente com os valores instituídos na Associação Desportiva Ovarense", sublinha o clube, que garante que "o responsável foi devidamente identificado pelas forças policiais e será responsabilizado pela forma como prejudicou o clube e o desporto em geral".
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Apesar do incidente, que motivou a interrupção do encontro para que o jogador do U. Lamas pudesse ser assistido e se discutissem as condições de segurança para que a partida pudesse ser reatada, os responsáveis da Ovarense garantem que "estavam reunidas as condições" para que tal pudesse acontecer ainda na tarde de ontem.
"A equipa de arbitragem, liderada pelo árbitro Flávio Jesus, ouviu todas as partes, havendo da parte do U. Lamas a posição irredutível de não voltar ao jogo, contrariando assim as indicações das autoridades policiais em que a segurança do jogo estaria garantida", denuncia o clube de Ovar, que lembra que existia "um efetivo policial de quase 30 elementos" presente no Estádio Marques da Silva.
No momento da interrupção do jogo, a Ovarense, que tinha acabado de ficar reduzida a dez elementos, vencia por 1-0. "Reiteramos a enorme tristeza que nos assola por um ato isolado, o qual condenamos. Proporcional a essa tristeza é a forma escabrosa como os responsáveis do U. Lamas tentam colher proveito de uma situação acéfala para conseguirem fora do recinto do jogo o que não estavam a conseguir dentro das quatro linhas", denunciam os responsáveis pelo clube "vareiro" no mesmo comunicado.
Contactada pelo JN, fonte do U. Lamas remeteu para mais tarde esclarecimentos sobre este caso.