Brilhou no Benfica, onde ganhou dois campeonatos e disputou duas finais da Taça dos Campeões Europeus, mas não foi feliz no Sporting. Era um extremo esquerdo puro, rápido e forte no um contra um. Mas também era dono de uma personalidade irreverente.
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Muitos jogadores entram em campo com o pé direito, Pacheco utilizava o esquerdo e benzia-se. Foi esse pé esquerdo que o conduziu à fama de um extremo puro, irreverente, forte no um contra um e que o levou à ribalta no Benfica, onde jogou seis épocas e conquistou dois campeonatos, outras tantas Taças de Portugal e uma Supertaça. Foi esse pé esquerdo que lhe abriu as portas do Sporting, onde apenas jogou duas temporadas. O pé esquerdo foi tudo na vida dele, mas seria o coração a trai-lo aos 57 anos, com uma paragem cardíaca que o deixou num estado irreversível, até ser declarado o óbito esta quarta-feira.
Foi esse mesmo grande coração que também o levou a dizer o que pensava, mesmo que estivesse a colocar em causa a autoridade dos treinadores. No Benfica, por exemplo, foram célebres os desentendimentos com o Sven-Goran Eriksson, enquanto no Sporting andou de cadeias às avessas com Carlos Queiroz, episódios que revelam um espírito indomável de um jogador que também pensava pela própria cabeça, mesmo que pudesse ser politicamente incorreto.