A hora é de festa e de dar a palavra aos protagonistas: os jogadores e os treinadores. Marcano, Maxi e Casillas não revelam o futuro, mas mostram carinho pelo F. C. Porto.
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A palavra dos novos campeões nacionais, na primeira pessoa.
Iker Casillas: "Acabou bem porque a equipa lutou muito para ser campeã. Foi justíssimo este campeonato em Portugal. Pena as Taças da Liga e Portugal, mas fizemos um bom trabalho e estamos muito felizes, também pela gente que não ganhava há muito tempo e merece. Por muitos títulos que tenha no futebol - e tive a sorte de conseguir os mais importantes - atrás dos títulos há muita gente. Quando temos mais experiência, o mais bonito é isto, ver a gente a desfrutar. Isto é o Porto. Dar alegrias à gente.
Espero ficar. Esta é a minha ultima época, a ver o que acontece. Estou encantado e feliz por estar aqui".
Brahimi: "Foi muito difícil este título, por isso tem mais sabor. Complicado. Contra tudo e contra todos. Conseguimos o nosso objetivo e estou muito feliz".
Vaná: "Já me considero campeão, a medalha já está comigo e ninguém ma tira. O treinador é muito coerente. Isso já foi falado e conversado [jogar uns minutos em Guimarães]. Todos merecem uns minutos para saber o que é vestir essa camisola. O campeão voltou, como todos gritam, e isso é que interessa.
Desde que cheguei a Portugal só coisas boas na minha vida. Esta é a minha primeira época no FC Porto. Vou ter apenas um jogo jogado - assim espero - mas é sempre importante ser campeão, ao lado de grandes jogadores. Ter o Iker Casillas na frente não é fácil. É trabalhar e ter paciência que um dia a oportunidade aparece".
Otávio: "É um sentimento único, pois há anos que não ganhávamos. Agradecer e pensar já no próximo ano. Este ano não estive tão bem, tenho de ser sincero. O ano passado quando estive melhor disse que trocava o título por não jogar tão bem. E assim foi. Agora quero mais um título e jogar melhor".
Óliver: "Uma sensação incrível. Muito tempo à espera e todo o esforço mereceu a pena. Ver os adeptos a partilhar a felicidade connosco. Merecemos. E os adeptos que sempre nos apoiaram muito. Trabalhamos muito durante muito tempo. Sempre muito claro que o título era o objetivo principal. Festejar aqui é inesquecível.
O treinador sabe que estava lá sempre que precisou. Tentei dar o meu melhor contributo. Procuro oportunidades. Temos um grande grupo de trabalho. Estou aqui para somar. Grande orgulho em fazer parte desta equipa".
Danilo: "Tinha e tenho muito orgulho nos meus colegas, sabia que iam atingir este feito inacreditável. Trabalhámos sempre para isto. Quem nos conhece, sabia que íamos conseguir. A chave do sucesso teve a ver com o trabalho diário. Éramos poucos, mas competentes. Houve muitas lesões, mas mesmo assim o plantel conseguiu colmatar essas ausências.
A época foi o que foi [com duas lesões] e agora falhar o Mundial custa um bocado, mas este título deu alegria especial aos portistas e à minha família".
Marcano: "Foram três anos muito sofridos, mas a recompensa é enorme. Muito feliz pelos companheiros e adeptos. Foi uma época difícil. Desde o início sabíamos que ia ser muito complicado, mas entre todos um grande trabalho. Parabéns a todos. Grande mérito repartido por todos. Treinador que nos deu ilusão e equipa que acreditou desde o começo.
Não sei do meu futuro. Tudo o que posso dizer é que serei portista para sempre".
Gonçalo Paciência: "Ser campeão pelo F. C. Porto é ainda melhor do que eu pensava. Estes adeptos merecem tudo. Fantástico. Impressionante. Valeu a pena voltar".
Felipe: "Graças a Deus sei o quanto é difícil para nós que batalhámos, mas temos um grupo fantástico e na ausência de um o substituto joga da mesma forma. Todo o grupo está de parabéns.
[O Sérgio Conceição tem feitio] Complicado. Cada um tem o seu jeito e personalidade. Ser campeão é fantástico, e ele é responsável das nossas vitórias, incrível. E este calor..."
Maxi: "Para mim é um sentimento de alegria muito grande. Ainda não tinha ganho nada no F. C. Porto. Estou muito feliz e contente, a gente que confiou em mim. Sentia que devia algo a esta gente, ao clube.
Agora é pensar na seleção para o Mundial. Sempre disse que gostaria de ficar. Há que esperar. O meu sentimento e da minha família é ficar".
Ricardo: "É um orgulho e felicidade enorme após o trabalho de um ano. Foi para isto que trabalhámos, o nosso objetivo. Era importante jogar e continuar a evoluir e o ano em França foi fundamental para mim.
Acreditámos em nós próprios e não ligámos ao que dizem de fora. Temos qualidade e sabíamos das nossas capacidades para fazer o que fizemos.
Claro que passa pela cabeça ir ao Mundial, o culminar de uma boa época. Seria a cereja em cima do bolo. Agora é desfrutar. Estou novinho em folha".
Sérgio Conceição: "Sente-se uma emoção muito grande. Os jogadores merecem isto. Este pessoal, os adeptos foram incansáveis esta época. O F. C. Porto já não estava habituado a estar quatro anos sem ganhar foi muito importante para nós, família portista, conseguir este título. É deles. Foi difícil.
O futebol tem nuances dentro do próprio jogo que as pessoas desconhecem e é tão apaixonante dissecá-las ao máximo. Levanto-me todos os dias para fazer isto. O futebol é algo de espetacular. Cada vez mais evoluído, as equipas técnicas evoluem também e cada vez fica mais difícil conseguir ser superior, mesmo tecnicamente. E falo da capacidade individual dos jogadores ser menor por vezes é compensado com outro trabalho de outras equipas técnicas também muito fortes.
[Os adjuntos] São muito importantes. Trabalhamos quase com o olhar. De uma forma fantástica. O Vítor [Bruno] com o tempo que trabalha comigo, futuramente com certeza que vai ser um treinador de sucesso, assim como o Dembelé. O Diamantino já não tem tempo para isso, é velhote e o Eduardo é muito conceituado na preparação e em matéria fisiológica dos jogadores, hoje em dia tão importante na alta competição e competitividade. Tenho uma equipa técnica muito competente e esta relação e ligação é fantástica".
Vítor Bruno (adjunto): "O Sérgio Conceição tem um feitio único naquilo que é a existência diária e a proximidade que tem com todos e o que dá ao grupo. Caracteriza-se pelo que ganhou enquanto jogador e treinador. E há de continuar a ganhar, pois tem uma fome muito grande de vencer".