Médio rumará a Munique e tenta mudar a pouco feliz história lusa no clube. Treinador apenas tem a benção de Guardiola.
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Depois de uma época sem ganhar qualquer troféu, o que não sucedia desde 2011/12, seria de esperar uma reação descomunal de um clube que se habituou a não contentar-se com pouco, mas este talvez já não seja o Bayern Munique do costume. Os que correm já não são tempos em que qualquer treinador virava costas a tudo para se juntar ao colosso bávaro. Pelo contrário, encontrar um substituto para Thomas Tuchel demorou três meses, com uma estranha quantidade de “nãos” a atrasarem o processo mais do que era suposto. Julian Nagelsmann, Xabi Alonso, Ralf Rangnick e Hansi Flick recusaram os convites, o Crystal Palace não cedeu e segurou Oliver Glasner, e o próprio Tuchel não voltou atrás na intenção de sair. Quem aproveitou foi Vincent Kompany, que chega ao topo sem um currículo a atestar-lhe competência para tal e após não ter evitado a despromoção do Burnley na Premier League, um ano depois de o ter promovido.
Discípulo de Pep Guardiola, que não lhe poupa elogios, também já comandou o Anderlecht (Bélgica) e é, aos 38 anos, o homem encarregado de acordar o gigante adormecido. “Está na nossa lista desde que iniciou a carreira de treinador. Com o Burnley bateu o recorde pontual no Championship (101) e a jogar um futebol impressionante”, apressou-se a explicar Max Eberl, diretor desportivo do Bayern. Sem grande experiência e sem títulos, é normal a desconfiança e é certo e sabido que a contestação só está à espera do primeiro percalço.O passado gigante como jogador, capitão e líder de grandes equipas, garante-lhe, pelo menos, o benefício da dúvida de um balneário cheio de estrelas e com alguns ex-colegas de equipa (Leroy Sané) e ex-adversários (Harry Kane, Eric Dier e Thomas Muller).