João Palhinha foi o escolhido do grupo de jogadores para falar ao país relativamente à preparação para o duelo com a Eslovénia. O jogo a contar para os oitavos é no dia 1 de julho, em Frankfurt, às 20 horas.
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"Olhamos um bocadinho para esse aspeto do jogo como algo a melhorar, temos de ser mais objetivos, criar mais oportunidades durante o jogo. Acho que é isso que tem faltado um pouco, mas acho que a equipa está preparada para o que aí vem. A resposta foi ótima da parte de todos e acho que todos querem vencer e fazer história pelo nosso país. Estamos muito ansiosos pelo próximo jogo para dar uma grande resposta", começou por dizer João Palhinha.
O médio falou, ainda, sobre os rumores de uma transferência para o Bayern de Munique. "Neste momento estou focado no meu trabalho na seleção, em fazer história pelo meu país, ganhar jogos. É aí que está o meu foco. O que posso dizer em relação ao meu futuro é que ambos os clubes já sabem onde pretendo estar daqui a um mês. O que tiver de acontecer, acontecerá. Vamos ver", referiu.
Olhando para o outro lado da barracada, Palhinha irá encontrar um antigo colega dos tempos em que envergava a camisola dos "leões". Nesse sentido, o internacional português falou um pouco dessa relação e fez uma análise ao estilo de jogo da Eslovénia.
"O Sporar foi um colega que tive a felicidade de privar no Sporting, é um excelente jogador, com que tinha uma boa relação. É muito móvel, dá muita luta e é um pouco a imagem da Eslovénia. Têm uma excelente e são uma das boas surpresas deste Europeu. Sabemos que vamos apanhar uma Eslovénia forte, mas eles também irão apanhar um Portugal forte. É nisso que estamos focados", afirmou.
A gestão dos amarelos e a eminência de não jogar neste desafio por conta disso não entram sequer na cabeça do médio do Fulham :"O mister irá escolher o melhor onze. A questão do meu amarelo é relativa, porque a final é o jogo com a Eslovénia. Não podemos pensar no jogo seguinte ou em poupanças por causa dos amarelos. Ter apenas dois amarelos, numa competição com tantos jogos, penso que é curto, mas são as regras", lembrou.
Palhinha abordou as diferenças no grupo de jogadores das "Quinas" e deixou bem clara a paixão que tem pela função que executa dentro das quatro linhas: "Todos os jogadores têm o seu papel. Olhamos para a nossa seleção e, dentro desta equipa, todos têm caraterísticas diferentes. Acho que isso é uma mais-valia para nós. Já me conhecem, sabem a paixão que tenho pela recuperação de bola, pelo momento defensivo, que é uma parte bastante importante. É por isso que as pessoas também acabam por gostar de mim, por essa entrega que dou ao jogo. Vou tê-la sempre", destacou.
Confidenciou também como se vive após uma derrota e o método que se utiliza para ultrapassar estes obstáculos: "quando perdes um jogo anseias sempre que o próximo chegue. Ficamos a contar os dias para darmos uma resposta diferente, o ambiente é totalmente diferente quando se perde e isso nota-se através dos jantares que temos. Isso também é bom por causa da exigência que temos uns com os outros. Mas não vale a pena pensar já na Geórgia, temos de pensar na Eslovénia e saber onde queremos chegar na nossa competição, se possível fazendo mais uma vez história", explicou.
Quando questionado, o internacional português destacou as seleções que considera serem candidatas e uma em especial poderá supreender: "O mister fez-nos essa pergunta ontem [sexta-feira] à mesa, estávamos quatro jogadores, o que gera sempre discórdias. Pessoalmente, olho para duas. Espanha, que é muito forte, bem com a Áustria, que está a ser uma surpresa e tem muito mérito. A Alemanha também está num grande nível. Depois de nós, essas aí são as mais fortes [risos]", declarou.
Palhinha pronunciou-se sobre o já tão badalado sistema defensivo da seleção: "Se tivéssemos ganho, como ganhámos na qualificação com três centrais... Depende das opiniões. Temos equipa para jogar com vários sistemas, mas não posso dizer como vamos jogar contra a Eslovénia. Seja em que sistema for, vamos estar mais do que preparados para dar uma grande resposta e vamos com tudo", atirou.
A seleção irá defrontar novamente um conjunto que defende em bloco baixo e a chave para ultrapassar esta dificuldade mais recente estará na "objetividade". "Fazer mais movimentos, haver menos jogadores a pedir a bola no pé e tentar penetrar mais no espaço interior. Creio que é isso que vamos tentar fazer contra a Eslovénia. No jogo com a Geórgia vimos que muitos jogadores pediram a bola no pé e isso facilitou-lhes o trabalho defensivo. Pretendemos abordar o jogo de maneira diferente e, se possível, fazer de tudo para ganhar", assegurou.
Por fim, o médio evidenciou o desejo em repetir a façanha realizada na França há oito anos: "A motivação vai estar lá em cima como sempre esteve até agora. No que diz respeito à mentalidade, queremos todos ganhar e, se for possível, fazer o que foi feito em 2016. É um orgulho para todos nós estarmos aqui. Para alguns jogadores provavelmente será o último Europeu e isso acrescenta ainda mais ao discurso interno que os nossos capitães têm", concluiu.