O jogo entre o Colo-Colo e o Fortaleza, no Chile, a contar para a segunda jornada da fase de grupos da Taça Libertadores, foi interrompido aos 69 minutos quando estava 0-0, após uma invasão de campo dos adeptos da casa.
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Na madrugada desta sexta-feira, o jogo entre o Colo-Colo e o Fortaleza ficou marcado por uma forte onda de violência, com os adeptos chilenos a invadirem o campo, depois de terem partido um vidro de proteção, o que levou o árbitro a ter de suspender o encontro durante mais de uma hora. Como consequência da invasão, os jogadores da equipa brasileira tiveram de correr para o balneário e o encontro não foi retomado.
De acordo com a imprensa chilena, a morte de dois adeptos do Colo-Colo, de 18 e 13 anos, antes do jogo, na sequência de uma confusão generalizada, terá sido o rastilho para motivar a invasão de campo e instalar o pânico no relvado. Segundo o jornal "La Tercera", o incidente antes do jogo levou a que dez adeptos fossem presos, registando-se feridos e duas mortes, nas imediações do Estádio Monumental, em Santiago.
Como consequência da morte dos dois adeptos, o chefe da segurança dos estádios chilenos pediu a demissão, que seria depois confirmada pelo ministro da segurança nacional chilena, Luís Cordero. "Dadas as circunstâncias em que os eventos ocorreram e a maneira como algumas decisões foram tomadas, Pamela Venegas apresentou a demissão, que foi imediatamente aceite", adiantou.
Segundo a imprensa brasileira, os dois adeptos mortos teriam ficado presos no meio da multidão que tentava entrar no estádio, tendo alegadamente sido atropelados por um veículo com gás lacrimogéneo. "O mais terrível é a perda das duas vidas. Vamos analisar a partida e as possíveis sanções. O mais difícil é a morte dos dois adeptos. E isso deixou-nos em choque. Vamo-nos colocar à disposição das famílias para ver como podemos ajudar", explicou o presidente do Colo-Colo, Aníbal Mosa.