Ao segundo. Assim deixou a primeira etapa seletiva a classificação geral da Volta a Portugal. Num dia extremamente quente, OFM e Efapel deram uma clara demonstração da sua superioridade em relação a todas as outras equipas e jogaram, na subida ao monte Farinha, os principais concorrentes ao triunfo final. Mas foi um convidado-surpresa a recolher os louros lá no alto.
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Sergio Pardilla (MTN) foi o vencedor da etapa e conseguiu a camisola amarela devido a dois quilómetros finais de classe, deixando para trás a concorrência.
Rui Sousa (Efapel) cerrou os dentes e, a par de Edgar Pinto, agora a principal aposta da LA-Alumínios, fechou a desvantagem para apenas sete segundos, conseguindo o homem da equipa de Carlos Pereira a liderança partilhada na geral.
No dia em que todos esperavam pela primeira seleção, a exigente subida à Sr.ª da Graça não deixou os seus créditos por montanhas alheias.
Ao longo da tirada, os principais candidatos vieram em marcação cerrada até ao início da escalada. Aí depressa se viu quem tinha pernas para o topo e quem não estava em condições.
Hugo Sabido, líder da LA, foi o primeiro a "cair", fustigado que vem por uma tendinite, acabando por hipotecar as hipóteses, estando já a 4.38 minutos do líder.
O camisola amarela, Marcel Wyss (IAM), seguiu-lhe as pisadas, mas ainda está nos primeiros onze, a 50 segundos.
Daí para a frente estão os pesos pesados. A Efapel foi quem mais trabalhou ao longo da penosa subida, colocando sempre Nuno Ribeiro, Hernâni Broco e César Fonte a trabalhar para Rui Sousa, estratégia que acabou por quase resultar.
A OFM seguia na roda dos cor-de-rosa, apontando Gustavo Veloso, Delio Fernandez e Alejandro Marque como setas.
Mas acabou por ser Sergio Pardilla (MTN-Qhubeka), depois de um ataque de Virgílio Santos (Rádio Popular) que disparou no início da subida e foi apanhado a dois quilómetros do fim, a estar mais forte do que todos.
Sozinho no meio das equipas lusas, Pardilla, nome apontado desde o início ao triunfo, esperou pelo momento certo e beneficiou da indecisão dos adversários para atacar forte e chegar ao topo isolado.
Rui Sousa e companhia reagiram tarde, mas ainda foram a tempo de dar extrema competitividade à corrida. A Serra da Estrela vai agora tomar decisões.