Paulinho é “diabo à solta” no bombonera mexicano

Mal chegou, disse ao que vinha. Toluca em particular até pode ser um destino muito atrativo para outras coisas, mas Paulinho não foi para lá “passear nem acabar a carreira”. Gerou entusiasmo e pouco mais de dois meses depois de se ter estreado já poucos duvidavam de que iria ser uma das grandes figuras do campeonato. Para já, é, indiscutivelmente, a principal. O “diabo anda à solta”, escreve a imprensa mexicana, aludindo aos números impressionantes do avançado português nos primeiros jogos pela equipa comandada por Renato Paiva: no campeonato, ninguém marcou mais golos ou fez mais assistências. É possível que nunca desde 2010, o ano do último troféu conquistado pelos “diabos vermelhos”, tenha existido tanto entusiasmo em redor do Estádio Nemesio Díez - também conhecido como “Bombonera mexicano” devido ao ambiente proporcionado pelos adeptos - quanto à possibilidade de o Toluca voltar aos títulos, se não for no Apertura (a sete jornadas do fim, o Cruz Azul lidera com quatro pontos de vantagem), então no Clausura que se seguirá. E para isso muito tem contribuído Paulinho, ao ponto de já merecer comparações com José Cardozo, o maior goleador da história do clube fundado em 1917, com 249 golos em 331 jogos.

Se o contexto competitivo e as particularidades da cidade (Toluca respira mais de 2500 metros acima do nível do mar) aconselhavam prudência quanto ao impacto imediato que o internacional português pudesse ter, o certo é que nada disso foi nem tem sido um entrave ao ex-leão. Juntando todas as competições, Paulinho marcou sete golos e fez sete assistências em 13 jogos, mas é na Liga MX que o avançado mais tem justificado o investimento avultado do clube, incluindo um salário anual que faz dele um dos mais bem pagos de todo o campeonato. Desses golos e dessas assistências, seis e cinco, respetivamente, estão distribuídos por 10 jogos na liga, isto é, marca a cada 134 minutos e assiste de 160 em 160 minutos.