Paulo Bento com fé

Ultrapassado o período de indefinição que afectou a Federação, é tempo de pôr mãos à obra. Ontem, os clubes já receberam as notificações relativamente à pré-convocatória dos jogos com a Dinamarca (dia 8, Estádio do Dragão) e Islândia (12, Reiquiavique). Carlos Martins, do Benfica, é forte hipótese de estar presente entre esses eleitos. “Existe uma base, um lote de jogadores que normalmente são seleccionados. E há outros futebolistas seleccionáveis para a próxima jornada”. Não deu mais pistas, mas é provável que a sua lista seja muito semelhante à última.

Na conferência de Imprensa, em Lisboa, na sede da FPF, Paulo Bento afirmou não se sentir mal por José Mourinho ter sido contactado, antes de si. “Não tenho nenhum tipo de fragilidade por um dos melhores treinadores do Mundo ter sido também opção”.

Com um discurso forte, passou a sua primeira mensagem aos atletas. “Quem vier à selecção, tem de estar mais preocupado com questões colectivas do que individuais. É completamente proibido pensar individualmente. Temos de pensar em dar, penso que vamos conseguir apurar-nos”. Admitiu, porém, não ter tempo para mudar grande coisa na estratégia da equipa. “Há que aproveitar a qualidade, maturidade e experiência de todos”.

Relativamente ao conflito, que alimentou com vários antigos jogadores do Sporting, foi linear. “É muito mais fácil dizer que há um conflito do que prová-lo. Nunca tive problemas com Varela, é de uma educação extraordinária. Com Carlos Martins, houve alguma coisa, mas não terei problemas em chamá-lo se isso for do interesse de Portugal. Como, por exemplo, agora”.

Sobre a idade, 41 anos, foi irónico. “Não sei qual o perfil para se ser seleccionador. Há quem diga que é a idade, mas se for alguém com 60 anos, é maduro, só que não está motivado. Se tiver 40, está motivado, mas não maduro.