Avançado português Rafael Leão perdeu estatuto no AC Milan e voltou a ser substituído no jogo com o Club Brugge. Treinador Paulo Fonseca deixa pistas: "Milan é mais importante do que um jogador".
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Frente ao Club Brugge, na terça-feira, o AC Milan somou a primeira vitória na Liga dos Campeões 2024/25, mas, coincidência ou não, o triunfo (3-1) só ficou assegurado depois de Rafael Leão ser substituído. No minuto seguinte à substituição, os "rossoneri" marcaram o segundo golo e o que saltou à vista foi a ausência de festejos do avançado português, visivelmente incomodado com a decisão de Paulo Fonseca. Este não foi um caso isolado.
Quando, no início da época, o AC Milan anunciou Paulo Fonseca como novo treinador imaginou-se que a chegada de um compatriota pudesse ser o "empurrão" definitivo para consolidar Rafael Leão como uma das grandes figuras do futebol europeu, depois de já ter sido decisivo para o regresso do colosso de Milão aos títulos em Itália. Para já, no entanto, não há sinal dessa evolução.
Pelo contrário, sobram episódios que deixam dúvidas sobre se a relação entre os dois portugueses terá pernas para andar e que até já levaram Zlatan Ibrahimovic, conselheiro do clube, a intervir, depois de Rafael Leão, juntamente com Théo Hernández, não se terem aproximado do banco para ouvir as declarações de Paulo Fonseca durante uma paragem do jogo com a Lazio (2-2): "As decisões do treinador são para respeitar", avisou o ex-jogador sueco, de acordo com o jornal "Gazzetta dello Sport".
No jogo seguinte, Leão foi substituído aos 64 minutos, seguindo-se mais três substituições e um jogo em que nem sequer saiu do banco, o que deixa implicíto que o português deixou de ser um indiscutível nos "rossoneri".
"Não há nenhum problema específico com o Leão. A substituição não foi um castigo. Entendi que precisávamos de lançar o Okafor e o Chukwueze, temos de olhar para isto com normalidade. O Rafa deve trabalhar para ajudar a equipa como todos os jogadores", declarou Paulo Fonseca, depois do jogo com o Club Brugge.
Uns dias antes, após a vitória sobre a Udinese no tal jogo em que Rafael Leão não foi utilizado, o treinador português "dever ser normal" não ver o internacional português, de 25 anos, em campo. "Não deve ser normal ele estar no banco de suplentes, mas é normal para mim, quando digo que a equipa é mais importante: o AC Milan é mais importante que alguns jogadores", salientou.