Grego bisou e revelou qualidade no onze preferido de Schmidt que promoveu Rollheiser e Prestianni. Tiago Gouveia com novo teste à direita pode virar aposta.
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No segundo teste da pré-época, o Benfica empatou (2-2) com o Celta de Vigo, este sábado, em Águeda. Num complexo lotado, os encarnados deixaram uma boa impressão, principalmente na primeira parte. Aí, revelaram um futebol alegre, atrativo, com velocidade e dinamismo, a lembrar o ADN da primeira época do técnico alemão. O reforço Pavlidis confirmou o estatuto de goleador, Neres está mais confiante e, sobretudo, no plano coletivo a formação deu sinais de grande entrosamento e ligação entre as várias unidades com Rollheiser e Prestianni no corredor central. No segundo tempo, e com uma total renovação, o jogo encarnado caiu, perdeu associação e foi permissivo na defesa.
Ainda sem seis titulares, Roger Schmidt lançou novamente a estrutura mais forte, mas com o “upgrade” de Rollheiser, Prestianni e João Mário que se haviam destacado no duelo de sexta-feira. O trio ocupou o eixo do meio-campo e ataque.
Os encarnados revelaram uma boa dinâmica ofensiva, circulação precisa, segura e pressing rápido sobre a bola. Uma movimentação que baralhou a organização espanhola. João Mário, Rollheiser, Aursnes, Prestianni e David Neres desenhavam lances de envolvimento com critério. No ataque, Pavlidis, com sinais evidentes de que será títular, juntava valor ao envolvimento dos companheiros. Marcou de penálti - num lance em que Jailson parou Aursnes em falta, após jogada rendilhada - e depois revelou frieza e classe na finalização, após um passe de Neres. O avançado grego ainda assistiu o brasileiro.
Roger Schmidt voltou a apostar em Tiago Gouveia, extremo de origem, na lateral direita e o jogador subiu de nível em relação à exibição de sexta-feira. Uma experiência que pode ter pernas para andar.
Erros fatais ditam empate
Na segunda parte, o Benfica não revelou a mesma ligação, nem qualidade, mas manteve a toada alegre e simples. Schjelderup esteve perto de marcar, após combinação com Arthur Cabral. Só que a face inicial deste novo figurino não se manteve, essencialmente no plano defensivo. Florentino fez um passe errado para a zona central e Iago Aspas não perdoou. Quatro minutos depois, Pablo Duran concedeu novo golpe, após mais um erro do setor recuado. Até final, as águias ainda podiam ter ainda vencido, mas Schjelderup não foi matador na hora da verdade.