Pedro Proença e Nuno Lobo lutam pela liderança da Federação Portuguesa de Futebol
Pedro Proença quer profissionalização da arbitragem, já Nuno Lobo quer dar 50% das apostas desportivas aos clubes. Eleições decorrem hoje e o presidente eleito toma posse terça-feira.
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Pedro Proença, presidente da Liga, e Nuno Lobo, ex-líder da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), vão hoje a votos nas eleições para os órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para o quadriénio 2024-2028.
Com 54 anos, Proença, da Lista 1, destaca, entre os pontos fortes da sua candidatura, o desejo de implementar uma “profissionalização absoluta” na arbitragem, setor que, se vencer, será comandado por Luciano Gonçalves, atual líder da APAF. Presidente da Liga desde 2015 e da Associação de Ligas Europeias desde 2023, o antigo árbitro pretende, também, internacionalizar a Supertaça, à semelhança do que acontece em Espanha e em Itália. Em caso de triunfo, será acompanhado por toda a direção executiva da Liga na FPF.
Na Lista 2, Nuno Lobo, que foi o responsável máximo pela AFL de 2013 a 2024, defende uma alteração sobre a distribuição da percentagem das verbas das apostas desportivas destinada ao futebol profissional, passando de 25% para 50%. Planeia, também, a construção de uma delegação da FPF no Norte do país, o reforço do apoio à profissionalização dos sócios do organismo e a criação de um Fundo de Emergência ao futebol profissional e não profissional, num montante de 15 milhões de euros.
O advogado, de 47 anos, e antigo chefe de gabinete de Fernando Seara na Câmara de Sintra, aposta no ex-árbitro Jorge Sousa para liderar o Conselho de Arbitragem. Bertino Miranda, que em 2016, foi elogiado por Proença como “o melhor árbitro auxiliar do Mundo”, integra a lista de Lobo. O novo presidente toma posse na terça-feira.
Quem vota
As eleições serão decididas pelos 84 delegados à AG. Destes, 29 são os presidentes dos sócios ordinários da FPF e 55 são eleitos, a saber: 20 em representação dos clubes profissionais, oito dos não profissionais, sete dos regionais, cinco dos jogadores profissionais, cinco dos amadores, cinco dos treinadores e cinco dos árbitros.