Pedro Proença quer modelo de governação inédito na Federação Portuguesa de Futebol
Conselho Superior, Conselho Estratégico e Comissão de Delegados serão novos órgãos. “Unir o Futebol” identifica a Governação com uma das áreas com “maior potencial de melhoria” na Federação e avança com um modelo representativo de todos os parceiros, em particular das associações distritais e de classe.
Corpo do artigo
O Programa da candidatura de Pedro Proença à presidência da Federação Portuguesa de Futebol apresenta como primeiro grande objetivo “implementar uma nova era de Governação” e uma “Federação de todos e para todos”, propondo a criação de três novos órgãos consultivos – Conselho Superior; Conselho Estratégico e Comissão de Delegados – capazes de aportar visão e estratégia a todo o futebol, da base até ao topo.
O Programa Unir o Futebol apresenta a Governação como uma das áreas “com mais potencial de melhoria” na FPF – área que contém mais de 100 propostas no Programa, todas enquadradas na promoção das melhores práticas de governação e de defesa da integridade –, identificando a necessidade de “descentralização e aproximação às bases”, de “verdadeira representatividade de todos os parceiros”, de “maior agilidade operacional”, mas também de “aproximação à sociedade”. Os novos órgãos consultivos surgem com o intuito de “prestar apoio estratégico à estutura organizacional”, garantindo o envolvimento de todo o ecossistema do futebol, em particular, as Associações Distritais e as Associações de Classe – e neste domínio é evidenciada a obrigação de implementar “uma nova relação com a Liga Portugal”, crucial para a “resolução de grandes dossiers do futebol nacional (entre outros, a reformulação de quadros competitivos, ou a centralização dos direitos audiovisuais)”.
O novo Conselho Superior, que virá a ser presidido por Rui Moreira, será constituído por personalidades de reconhecido mérito, capazes de aportar “perspetivas externas e independentes” e uma maior ligação à sociedade. O Conselho Estratégico integrará representantes da Comissão Executiva da FPF, dos órgãos permanentes e dos sócios ordinários da Federação, definindo estratégias que promovam o desenvolvimento do futebol. A Comissão de Delegados será constituída pelos delegados da FPF à Assembleia Geral e promoverá uma maior participação destes no dia-a-dia da Federação, valorizando o seu contributo e experiência.
A candidatura “Unir o Futebol” foi formalizada no dia 18 de dezembro, com a entrega das listas para todos os órgãos da FPF (Direção, Conselho de Arbitragem, Conselho de Disciplina, Conselho de Justiça e Conselho Fiscal). As listas foram subscritas por 63 dos 84 delegados da assembleia geral eleitoral, equivalentes a 75% do caderno eleitoral. As eleições serão no dia 14 de fevereiro e Pedro Proença, presidente da Liga, terá como adversário Nuno Lobo, líder da A. F. Lisboa.
O programa de candidatura de Pedro Proença desdobra-se em mais de 400 propostas, que atravessam todo o futebol e concorrem para a execução de cinco grandes objetivos:
- Implementar uma nova era de Governação: uma Federação de todos e para todos;
- Criar um Plano Nacional de Arbitragem, elevando a competência rumo ao profissionalismo efetivo;
- Reformar a Disciplina e a Justiça, tornando-as mais céleres, competentes e credíveis;
- Potenciar as receitas financeiras, com melhor e maior distribuição a todo o Futebol;
- Seleções: potenciar o Talento português, assumindo a responsabilidade de competir sempre para ganhar.