Musa abriu o marcador, mas Barreiras empatou. Após um nulo no prolongamento, a equipa da Liga 3 fraquejou e João Mário decidiu nas grandes penalidades.
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As águias precisaram do desempate por grandes penalidades para passar à quarta eliminatória da Taça de Portugal, depois de empatar (1-1) com o Caldas, ao fim de 120 minutos. Uma maratona de futebol merecida pela equipa de José Vala e que castigou os encarnados, muito macios e perdulários no ataque. Nos penáltis, Diogo Clemente falhou para o Caldas e coube a João Mário concretizar, com mestria, o último castigo máximo.
Apesar da derrota, a equipa da Liga 3 surpreendeu. Na primeira parte, foi, com justiça, a mais equilibrada e teve a melhor oportunidade, mas o remate de João Silva foi devolvido pelo poste. Já no segundo período, os encarnados tiveram ascendência natural, foram mais equipa mas pagaram caro na ineficácia. O golo de Musa, após um excelente slalom no arranque do segundo período, foi curto para tantas oportunidades dos encarnados e um erro de António Silva, o segundo consecutivo após o penálti escusado frente ao PSG, seria aproveitado por Gonçalo Barreiras para o Caldas regressar ao jogo. Muito mérito da equipa de José Vala, extremamente competitiva e que teve no guarda-redes Wilson o seu melhor elemento. Incontáveis as defesas que mantiveram vivo o sonho.
Roger Schmidt operou cinco mudanças relativamente ao último encontro com o PSG, mas insistiu no mesmo meio-campo, com Florentino, Enzo Fernández e Aursnes. E ainda apostou em Grimaldo, Draxler e João Mário, todos eles pesos pesados. A equipa defende com eficácia, porém tem muito menos fogo no ataque, isto a uma semana de jogar com o F.C. Porto no Dragão.
O Benfica melhorou muito no segundo período com as entradas de Diogo Gonçalves e de Musa, mas o avançado falhou golos atrás de golos. Bem taticamente e sem nunca perder a cabeça, o Caldas foi inteligente e, com um misto de sorte e de competência, manteve-se no jogo.
No prolongamento, o Benfica, já com Chiquinho, Ristic e João Victor, que se estreou finalmente, pressionou, voltou a ter oportunidades, mas o ritmo do relógio era inversamente proporcional ao discernimento. Na reta final, atacou aos tropelões e quase houve Taça para a equipa do terceiro escalão.
Veja o resumo do jogo:
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