O avançado ex-F. C. Porto teve de ser escoltado por militares, para escapar à fúria dos adeptos do Pelotas, clube do Rio Grande do Sul, no Brasil, para onde se mudara este ano. Face ao clima intimidatório e a pouca utilização na equipa, o futebolista brasileiro acertou a desvinculação.
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Walter Henrique da Silva, avançado brasileiro que jogou no F. C. Porto entre 2010 e 2012, vai de mal a pior. Aos 34 anos e exibindo uma forma física longe de corresponder às exigências do futebol, viveu mais um episódio caricato, na longa e acidentada carreira que tem protagonizado.
Após ter falhado um penálti no jogo dos quartos de final da Serie A2 do Gauchão, frente ao Monsoon, foi ameaçado pelos próprios adeptos do Pelotas e teve de ser escoltado pela Brigada Militar, para escapar à fúria da “torcida”. Ainda foi convocado para outro jogo, frente ao Real e para a Taça FGF, mas acabou por não ser utilizado.
“A minha cabeça já não estava bem, por muita coisa que me tem acontecido, com a minha mãe e o meu irmão. Vi que não dava mais”, explicou o jogador, após rescindir com o Pelotas.
Só nos últimos quatro anos, Walter jogou por nove clubes. No Pelotas participou em nove jogos e não marcou nenhum golo. Anunciado em maio passado, o contrato com o emblema gaúcho deveria acabar no final deste mês de agosto, mas o respetivo termo foi antecipado.
"Foi bem difícil a conversa que tive com o presidente. Ele confiou em mim e fiz de tudo. Emagreci e tal. Mas não adianta querer ajudar sem poder jogar. O adepto pode cobrar o erro do penálti... Tudo bem. Emagreci 14, 15 quilos, dava para jogar mais tempo. A opção dele foi não me colocar a jogar", lamentou Walter.