Quantos de nós já nos divertimos a brincar com um simples balão dentro de casa e a fazer malabarismos para não o deixar cair ao chão? E se lhe disser que essa ideia deu origem a um Mundial de Balão por seleções, que se disputou esta quinta-feira em Barcelona e até teve um representante de Portugal? Parece mentira, mas não é.
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Pois foi isso mesmo que fizeram o streamer basco Ibai Llanos e o defesa central Gerard Piqué, do Barcelona. Após verem um vídeo na internet decidiram juntar forças e transformar o que à partida mais não era do que uma brincadeira sem consequências entre dois amigos numa sala de estar numa competição inédita, com regras específicas.
Daí à organização de um Mundial de Balão para seleções foi um pequeno passo. A prova decorreu esta quinta-feira, em Port Aventura, Barcelona, e teve até direito a transmissão no canal de Twitch, de Llanos, e na Marca Gaming, do jornal desportivo espanhol.
Na primeira edição da inédita competição participam 32 seleções nacionais, com dois participantes cada - um jogador e um treinador -, divididos por dois grupos de 16, e em sistema de eliminatórias de dois minutos. A final teve cinco minutos de duração.
E não se pense que Portugal ficou de fora. Ricardo Ferreira foi o representante luso no Mundial, tendo eliminado a Arménia nos 16 avos de final, mas foi eliminado na ronda seguinte pela Bolívia.
O primeiro título mundial de balão foi para o peruano Francesco de la Cruz, numa final muito intensa e emocionante frente ao alemão Jan Spiess, que terminou com um triunfo do sul-americano por 6-2. No apuramento do terceiro lugar, a Espanha venceu o Brasil, por 6-4.
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As regras do Mundial de Balão
Num espaço delimitado, de 8 por 8 metros, foram colocados vários obstáculos, que foram mudando de sítio ao longo das diferentes fases. O objetivo era fazer com que o balão lançado pelo jogador caísse ao chão de forma a somar um ponto; só podiam usar as mãos - e se o balão tocasse noutra parte do corpo perdiam o ponto; o balão só podia ser tocado na metade inferior e nunca de cima para baixo. O vencedor era o que somasse mais pontos.
Em caso de empate, o jogo seria decidido com o "balão de ouro", numa partida sem limite de tempo, jogado com todas as partes do corpo menos as mãos, até ao primeiro jogador pontuar.
Um árbitro teve a última palavra sobre o cumprimento das regras e a validação dos pontos, contando com a preciosa ajuda do "olho de ouro", uma câmara "superslow motion", para resolver qualquer situação duvidosa ou polémica.
O primeiro campeão mundial de balão levou para casa 10 mil euros, num total de 20 mil euros em prémios monetários a serem distribuídos pelos participantes.