O Circuito de Monza viveu, este domingo, uma das corridas mais imprevisíveis e surpreendentes dos últimos anos. Depois de acidentes, desistências e penalizações, o triunfo sorriu, pela primeira vez na carreira, ao francês Pierre Gasly, num dia inesquecível para a Alpha Tauri.
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A correr em casa, a Ferrari voltou a desiludir, com Sebastian Vettel e Charles Leclerc a desistirem. O monegasco perdeu o controlo na "curva grande", bateu nas barreiras e obrigou a uma bandeira vermelha, já depois de um "incidente" que custou uma tarde tranquila a Lewis Hamilton.
O campeão do Mundo parecia a caminho de um triunfo seguro quando decidiu aproveitar o anúncio da entrada em pista do "safety car" para ir às boxes trocar de pneus. No entanto, o "pit lane" não estava "aberto" e o inglês acabou por ser punido com um "stop and go" de dez segundos.
Já depois do reinício da corrida, após o acidente de Leclerc, Hamilton teve de cumprir a penalização, caiu para último e, com Valtteri Bottas e Max Verstappen fora da luta pelo triunfo, logo se percebeu que seria um ator secundário a assumir o papel principal na catedral da velocidade italiana.
Aproveitou Gasly para celebrar o primeiro triunfo da carreira na F1 e dar o primeiro sucesso à Alpha Tauri - a antecessora da equipa, Toro Rosso, já havia vencido e, curiosamente, também em Monza em 2008 -, resistindo ao último ataque de Carlos Sainz, que teve de se contentar com o segundo lugar com a McLaren.
Lance Stroll, da Racing Point, fechou o pódio sem qualquer carro dos "três grandes" - Mercedes, Red Bull e Ferrari -, algo que já não acontecia desde 2013.
Apesar de ter ficado fora do pódio, a Mercedes ainda ganhou pontos aos grandes rivais, já que Bottas foi quinto e Hamilton sétimo: o campeão caiu para último, recuperou inúmeros lugares e ainda fez a volta mais rápida, mas não teve tempo para mais. Continua a liderar o Mundial, mas o homem do dia foi mesmo Pierre Gasly.