Pinto da Costa: "A minha ligação ao clube não tem data limite. É e será eterna"

“Ao fim de 42 anos, que completo no mês que vem, poderá questionar-se o porquê de concorrer novamente. O mais cómodo era terminar e, conforme foi dito, eu seria o presidente dos presidentes. Não sei de quais presidentes, porque já morreram todos. Mas não me agradou ver o decorrer das coisas, perceber os interesses que vinham da Olivedesportos e quando se vê os apoiantes de uma candidatura qualquer entende-se o porquê [de me recandidatar”, afirmou Pinto da Costa. 

Tal como fez recentemente em Rio Tinto, o líder dos dragões admitiu que a decisão foi tomada contra a vontade daqueles que lhe são mais próximos: “Decidi candidatar-me contra a vontade da minha família e, quando me dizem que já tenho idade para descansar, isso já tenho há muitos anos. Isto é um compromisso de vida e não tenho qualquer problema em continuar a dedicar a minha vida ao F. C. Porto. Todos sabem o que fizemos, o que ganhámos, mas isso é passado. Queremos continuar a ganhar, que o futebol e as modalidades sejam cada vez mais fortes”, prometeu.  

Questionado sobre se tem como objetivo voltar a uma final europeia ou lutar pelo Mundial de clubes da próxima época, Pinto da Costa deixou uma resposta curiosa: “Esse sonho de ganhar uma prova europeia tinha-o este ano. Estou convencido que se tivéssemos passado aqueles malditos penáltis, nós íamos lá estar. Só não aconteceu devido à juventude da nossa equipa. Temos quatro jogadores na seleção portuguesa, três no Brasil e um na Argentina. Jogadores com 20, 21, 22 anos e têm todos uma grande margem de progressão. Como espero manter a base da equipa e, com um reforço ou outro, poderemos ter aspirações a estar numa final europeia”. 

Academia apresentada na quarta-feira

Em relação à Academia que pretende construir na Maia, Pinto da Costa deu uma novidade aos sócios e adeptos durante a visita a Famalicão. 

“Na quarta-feira, às 10.30 horas da manhã, será apresentado o projeto e a realização do mesmo. Terá 10 campos de futebol, hotel para 140 miúdos, um mini-estádio de 2500 lugares. O projeto está pronto e está garantido o financiamento. São muitos hectares e vamos procurar ter lá um pavilhão, mas também estamos a ponderar outros sítios [para o pavilhão], revelou. 

Prometendo uma maior proximidade com as casas do clube espalhadas pelo país e pelo Mundo, o presidente portista garantiu que não está prevista a subida de quotas ou de lugares anuais – “isso não é uma decisão da Direção, tem de ser tomada em assembleia geral” -, antes de lembrar o investimento feito na equipa de futebol.

“Vamos continuar a fazer investimento, porque o Varela não veio de graça, o Nico e o Otávio também não. Apesar das dificuldades de tesouraria, temos investido na equipa e citei esses três como podia citar outros, como o Francisco Conceição. Acho que não investimos mal… hoje já valem muito mais do que custaram, mas temos de ter cuidado em acertar nos jogadores como acertámos nestes”, referiu.