O líder da lista “Todos pelo Porto” jantou, esta quinta-feira, com um grupo de jovens entre os 18 e os 30 anos e, durante o discurso, deixou várias críticas ao principal rival às eleições de 27 de abril, admitindo que Villas-Boas “não quer mal ao F. C. Porto”. “Mas quem perdeu os direitos televisivos” quer, acusou.
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“Em outubro do ano passado, Antero Henrique, que é o patrono da outra candidatura, foi a casa da minha filha para saber se eu me ia candidatar ou não e aconselhar que não me candidatasse, que ia ser muito difícil e ia haver muitos ataques. A minha filha respondeu, e bem, que eu pensava pela minha cabeça”, contou Pinto da Costa, voltando a recordar o momento em que decidiu avançar para um eventual 16.º mandato.
“Depois de saber o que estava por trás da candidatura do Luís André eu decidi candidatar-me. Não é ele que tem más ideias, ele transmite as ideias que lhe põem no papel e ele vai ler. Mas não são dele, porque ele era incapaz de querer mal ao F. C. Porto. Agora, há quem, por despeito e por ter perdido os direitos televisivos, queira recuperar esses direitos com habilidades e pondo lá quem lhes faz a vontade”, acusou, antes de especificar o alvo da crítica.
“O sr. Joaquim Oliveira, dono da Olivedesportos e SportTV, esteve na primeira fila da apresentação da candidatura do Luís André. De onde o conhece, não sei. Para onde querem ir, isso eu sei, mas não é à minha custa. Não se justifica que sendo F. C. Porto o coração da nossa cidade vá para Lisboa apresentar um projeto [Academia] que não tem viabilidade, não está autorizado e onde não cabe nada, porque metade desse projeto está em reserva ecológica. Pelo menos tiveram o bom senso de não vir enganar os portuenses e foram pregar para a capital”, defendeu, antes de abordar um dos temas centrais desta campanha.
“Como referiram a minha idade… Já estou um bocado gasto e só me faltam 14 anos para os 100, mas tenho exatamente a mesma vontade de defender o clube que tinha há 42 anos. Por isso me rodeei com uma equipa remodelada com os quatro pilares de sempre: competência, rigor, paixão e ambição”, disse, deixando outra garantia.
“Não há ameaças nem promessas que me façam desviar do meu caminho. Quando o outro candidato apresentou a sua candidatura, eu era o presidente dos presidentes, tinha uma obra que ia ficar na história, era tudo uma maravilha, eu ia ser o rei da Pérsia. Candidatei-me e isso acabou: só tenho defeitos, o F. C. Porto não joga nada e até o treinador, que não quer nada com eles, passou a ser mau. Porquê? Porque não estão nisto por paixão ao F. C. Porto e essa paixão é o legado que eu vos quero deixar”, afirmou, antes de revelar a prioridade caso seja reeleito a 27 de abril.
“Se for eleito, o meu primeiro trabalho vai ser unir a massa associativa e os adeptos e não vai ser difícil. Os que nos insultam não são portistas, escondem-se nas redes sociais para dizer meia dúzia de coisas. Mas no dia em que isto acabar, vamos voltar a ser todos pelo Porto e garanto que não haverá descriminação nenhuma”, prometeu.