Pinto da Costa arrasa Villas-Boas: "Nunca vim a uma AG falar com um papel à frente"
O presidente do F. C. Porto encerrou a assembleia geral com um discurso em que criticou o antigo treinador do F. C. Porto e elogiou Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, e Henrique Ramos, sócio agredido na reunião magna anterior.
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Numa assembleia geral em que as contas do F. C. Porto foram aprovadas por maioria num universo de 819 associados, Pinto da Costa fechou os trabalhos com um discurso a apontar em várias direções.
"Ficou hoje aqui demonstrado que o clube é dos sócios, dos que votam a favor, dos que se abstêm e dos que votam contra. O clube é dos sócios. Queria cumprimentar todos os que vieram aqui hoje. As televisões disseram que iam acompanhar esta assembleia ao segundo, mas não vão usar nada porque não têm nada com que denegrir o F. C. Porto", adiantou o presidente dos dragões.
"Há uma coisa que eu quero aqui dizer publicamente. Desde que aqui cheguei ao F. C. Porto como presidente e, em todas as alturas, o Fernando Madureira foi um guarda pretoriano do F. C. Porto. As nossas equipas beneficiaram desse amor ao F. C. Porto, do amor que sempre dava às nossas equipas. Obrigado Fernando Madureira", disse Pinto da Costa sobre o líder dos Super Dragões.
"Henrique Ramos que, involuntariamente, participou na confusão da última assembeia-geral, veio dizer aqui o que pensa na maior liberdade. Aqueles que escrevem que o F. C. Porto é uma ditadura, não sei se queriam dizer dentadura, veio provar que todos podem dizer e criticar o que lhes vai na alma", completou ainda o presidente do F. C. Porto.
Depois, Pinto da Costa passou ao ataque e criticou as palavras de André Villas-Boas, que pôs em causa as contas. "Ao senhor associado Villas-Boas, quero dizer-lhe que pela primeira vez na sua vida de portista veio a uma assembleia geral. Veio para dizer mal, para propor a recusa das contas, sem pensar nos prejuízos que isso trazia para o F. C. Porto. Espero que reconsidere, que não venha ler papéis com números que lhe põem à frente. Que venha à assembleia geral dizer o que lhe vai na alma, não dizer o que lhe escrevem num papel para vir aqui dizer".
O presidente também apontou o dedo a Angelino Ferreira, antigo administrador da SAD, outra voz crítica em relação às contas: "O doutor Angelino Ferreira está muito preocupado com o futuro do F. C. Porto. Lembro-me, e ele também, que quando tive a ideia de avançar com o museu, ele disse que isso era um tufão que ia passar pelo F. C. Porto. Respondi que tufão só da telenovela que passava nessa altura".
Por fim, Pinto da Costa deixou uma ideia chave: "Eu não estou em campanha eleitoral. Tenho muito orgulho em ser presidente do F. C. Porto. Que pensemos todos que temos de estar à volta do F. C. Porto, juntos à volta da nossa equipa de futebol. Não é com ações destrutivas que se pode ajudar a equipa a conseguir um objetivo importante, como vamos ter no dia 13 de dezembro. Nós vamos vencer porque a nossa aposta do ponto de vista desportivo foi firme, consciente do que somos capazes de fazer. É isso que vamos conseguir. É nisso que vamos continuar a trabalhar para esse objetivo".