Pinto da Costa almoçou este domingo com apoiantes da sua candidatura num hotel, em Lisboa. Responsável acredita que a questão do fair play financeiro e o resultados do futebol não vão influenciar as eleições. E explica porque não tinha de responder a André Villas Boas.
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A uma semana das eleições do F. C. Porto, Pinto da Costa foi recebido de forma calorosa por varias dezenas de apoiantes, num almoço, numa unidade hoteleira, em Lisboa. Apesar do momento menos positivo da equipa de futebol na Liga, o responsável não crê que esse dado tenha influência no resultado da sua candidatura.
"Toda a gente sabe que ninguém ganha sempre. E o F.C. Porto tem ganho mais do que os outros. Nos últimos quatro anos vencemos mais do que os outros dois juntos. Acho que não terá importância. Vai ser importante é acreditar no projeto e acho que já demos provas que somos capazes de ganhar títulos, fazer grandes equipas", sublinhou o responsável.
Outro dos temas de campanha centrou-se num alegado incumprimento do Fair play financeiro imposto pela UEFA ao clube. Algo já desmentido, mas que o líder da SAD tornou a referir. "O Fair Play Financeiro, esse papão, é uma arma de arremesso da lista de Villas Boas. Mas não vai ter influência nenhuma pois as pessoas sabem, como já afirmei, que temos o documento da UEFA a dizer que está tudo em ordem", acentuou.
Por outro lado, o responsável explicou o motivo de não ter respondido a várias questões levantadas pela candidatura de André Villas Boas. "Não tínhamos nada que responder, porque escreveu-nos como acionista. E o Código das Sociedades diz que para haver direito de resposta tem que ter 10% do capital e ele só tem 0,2%. Não tínhamos obrigação nenhuma de responder e optamos por o não fazer, porque tudo o que disséssemos sabíamos que era para vir para a praça pública. E a vida do F.C. Porto é para ser discutida nas Assembleias Gerais. Por isso, não respondemos", destacou.
O presidente dos portistas admitiu ainda que, enquanto André Villas Boas esteve no clube, nunca lhe reconheceu características para exercer qualquer outra função que não a de treinador.
Votar no projeto
Segundo o dirigente, optar pela sua lista não é apenas reconhecer o passado, mas sobretudo validar um projeto de futuro. “Há muita gente que reconhece o trabalho dos últimos 42 anos que não foi só meu, mas das minhas equipas. Mas não iremos votar nisso, mas sim num projeto E o nosso é conhecido com a academia, que às 15.30 horas de segunda-feira, será apresentada à comunicação social. Será um projeto ambicioso e que se nós não ganhássemos, naturalmente que seria rasgado como diz a outra candidatura. Além disso é acreditar no projeto das modalidades. Quando dizem que abrandaram, estamos em primeiro lugar em todas: Hóquei em Patins, Andebol, Basquetebol e Voleibol. Vamos continuar a apostar nelas e no futebol, o motor de tudo o resto”, acentuou.
No entender do dirigente, a eventual conquista da Taça de Portugal não atenua a época desportiva. “É a segunda prova mais importante do país. Felizmente ganhámos muitas, vamos tentar vencer mais uma, mais um troféu para o F.C. Porto e será o 11º para Sérgio Conceição”.
À entrada da reta final da campanha, Pinto da Costa acredita que irá continuar à frente dos destinos dos azuis e brancos. “Os prognósticos só no fim, como dizia o João Pinto, agora é evidente que ele tem grandes apoios, mas eu acredito que os sócios do FC Porto me vão escolher a mim”