O título portista na época mais longa de que há memória, devido à pandemia da covid-19, perdeu no espaço mediático para o regresso de Jorge Jesus ao Benfica.
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Uma "derrota" que Pinto da Costa aceita sem qualquer tipo de surpresa. "Se não fosse o Jorge Jesus, arranjavam outro pretexto. Era o incêndio da Covilhã ou a raposa que comeu as galinhas da capoeira em Alguidares de Baixo. Arranjam sempre notícias porque não há nas farmácias Rennie suficiente para tratar todos os que ficaram com azia. Mas há uma coisa que ninguém nos tira que é o título", observou o presidente, num restaurante do Porto, em conversa com o JN e "O Jogo", após o jantar de confraternização com a Comissão de Apoio à Candidatura.
Ainda sobre o campeonato ganho, o 29.º da história do F. C. Porto e o 22.º com Pinto da Costa na presidência, garante que um dos segredos foi o facto de a equipa não ter tido férias no período do confinamento, destacando o trabalho desenvolvido nessa fase pelos jogadores e a planificação de Sérgio Conceição e seus pares, em coordenação com a equipa médica liderada por Nélson Puga.
"O objetivo número 1 de qualquer clube é o campeonato, mas depois de esse estar ganho, a Taça de Portugal passa a ser o segundo objetivo e poder fazer a dobradinha seria a cereja no topo do bolo depois de uma época difícil", prosseguiu Pinto da Costa, de olhos postos em nova conquista, na final de amanhã, contra o rival. O objetivo é escrever mais uma página histórica, uma vez que nunca o F. C. Porto conquistou uma dobradinha tendo o Benfica como adversário na final da Taça.
"Seja contra quem for é sempre uma coisa importante E mesmo sem ser dobradinha, vencer a Taça é sempre bom. Foi gizado um plano brilhante, é a palavra certa, para que a equipa aparecesse bem no recomeço do campeonato. Portanto, estou confiante para a Taça", admitiu, concluindo depois sobre a mudança do palco da final, do "estádio de Oeiras" para o de Coimbra: "Ou fazem grandes obras no estádio (do Jamor) ou não vejo que possa haver argumentos para a Taça voltar lá".
Casillas viaja com a equipa para Coimbra
Depois de um ano sem jogar, pelos motivos conhecidos, terminou a ligação de Iker Casillas ao F. C. Porto, mas a equipa fez questão de lhe entregar a medalha de campeão. "Casillas foi um caso raro de adaptação imediata ao clube e à cidade. Esteve sempre presente com mensagens e incentivos aos colegas. No sábado faz questão de estar com os colegas na final da Taça. Foi um gesto bonito dos colegas considerarem-no campeão. Continuamos a considerá-lo um dos nossos e ele considera-se também um dos nossos", confirma o líder.