O líder da Lista A às eleições do dia 27 esteve, esta terça-feira, na Escola Secundária de Arouca, onde voltou a atacar os alegados interesses que rodeiam o candidato rival André Villas-Boas, nomeadamente Pereira da Costa, o “milagreiro das finanças” da Lista B, que “nem sequer pode ser dirigente do clube”.
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Acompanhado por Vítor Baía, António Oliveira, João Pinto e Vítor Hugo, Pinto da Costa fez questão de apresentar José Fernando Figueiredo, que será o administrador financeiro da SAD em caso de triunfo da lista “Todos pelo Porto”. “É uma pessoa com um grande currículo, sendo, até, conselheiro do Banco Mundial e que me deu a honra de aceitar o convite. Abdicou de muita coisa para defender o F. C. Porto”, afirmou Pinto da Costa, antes de fazer mira a uma suposta Operação Pública de Aquisição (OPA) que está a ser preparada pelos rivais.
“A primeira fila da apresentação da outra candidatura parecia uma OPA ao F. C. Porto, com inimigos do clube, e nessa altura pensei duas vezes e decidi recandidatar-me. Percebi que havia um plano para vender parte do F. C. Porto e eu disse à minha família: não posso trair os meus ideais e deixar que isto aconteça. Se os sócios quiserem [a vitória do outro candidato], a responsabilidade não é minha”, defendeu, antes de fazer uma acusação concreta.
“Quando se criou a SAD, o F. C. Porto tinha 40% das ações, hoje, temos 74,5% e vamos querer ter mais. Não vamos vender nem uma ação, porque a SAD é do F. C. Porto e dos sócios. Tivemos muitas propostas para vender parte da sociedade. Aliás, pessoas da outra lista quiserem comprar a SAD, mas não aceitámos”, revelou, apontando o dedo ao administrador financeiro escolhido por André Villas-Boas.
“Na outra lista foi apresentado um indivíduo que era o milagreiro das Finanças, o Pereira da Costa. Eu nunca o tinha visto no F. C. Porto, fiquei admirado e fui saber qual era o seu passado: era funcionário da Olivedesportos e da NOS. É evidente que é gato escondido com o rabo de fora. Esse iluminado, que ia resolver as finanças, não pode ser eleito [para o clube], nem sequer pode votar, porque só é sócio efetivo há cinco ou seis meses. Por mais competente que seja, se não tiver amor e paixão, o que vai fazer?”, questionou, antes de voltar ao tema.
“Como é que pode sentir paixão pelo F. C. Porto, quando, felizmente, os estatutos nem sequer permitem que possa votar. Vai estar na SAD, mas eu pergunto: como é que se pode confiar em alguém, por mais competente que seja, que só é sócio para esta finalidade. Eles nem sequer conhecem os estatutos: para ser dirigente do F. C. Porto tem de ter cinco anos de sócio efetivo”, adiantou.
“Dizem [na lista de Villas-Boas] que vão apresentar grandes nomes, mas duvido que consigam preencher os 12 nomes que as listas têm de apresentar para a Direção”, afirmou, antes de criticar Angelino Ferreira, nome escolhido por André Villas-Boas para liderar o Conselho Fiscal e Disciplinar.
“O cabeça de lista do Conselho Superior do meu opositor era membro da Comissão de Vencimentos, que sempre definiu os vencimentos da administração. Tanto criticou os prémios, quando ele era um de três que faziam parte dessa comissão e sempre esteve de acordo com os prémios. Agora, diz que não pode ser. Se não pode ser é porque trabalhou mal”, referiu.