O presidente do F. C. Porto, Pinto da Costa, foi um dos oradores do XIII Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória, que decorre na Fábrica Santo Thyrso, abordando vários aspetos dos 41 anos que leva à frente dos destinos azuis e brancos e revelando que um líder tem de "cumprir tudo o que exige aos outros".
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"Quem tiver a obrigação de liderar, seja o que for, tem de ter os seus princípios e fazê-lo com naturalidade e não estar preocupado com os compêndios. Eu, que há 41 anos lidero o F. C. Porto, nunca li nada sobre liderança e nem me preocupei com isso. Tenho os meus princípios, sigo-os e é o mais simples e natural", afirmou Pinto da Costa, garantindo que "é igual" lidar com vitórias ou derrotas.
"Considero que, para se respeitar um líder, tem de se sentir que o líder cumpre tudo o que exige dos outros. Não posso exigir que trabalhem 'x horas', ao sábado e ao domingo ou quando preciso, se eu não o fizer. As pessoas têm de sentir, quando fazem algum sacrifício, que o seu líder também o faz diariamente. Tenho a fama de ser o primeiro a entrar e o último sair do Dragão, mas às vezes isso não acontece. Se não o fizer, não tinha moral. Nunca exigi nada a ninguém, mas apenas que façam o mesmo que eu. É traçar um projeto e segui-lo sem medo de recuar", explicou o presidente, reiterando que dá muito pouca importância à opinião de pessoas externas ao F. C. Porto.
""Há uma coisa fundamental na minha liderança: não tenho redes sociais, não leio nada, podem chamar-me camelo que não me afeta nada. Ninguém me desvia do meu caminho. Se tiver um colaborador que tem a minha confiança e nas redes sociais ou jornais falam mal dele, não lhe vou retirar a confiança por causa disso. Vão no projeto até ao fim. Penso que tem sido a forma como eu consigo, ao fim de 41 anos, ter apoio para liderar o F. C. Porto. Não houve nenhum revolução, sou presidente ao fim de 15 atos eleitorais", detalhou, antes de finalizar com a explicação da razão pela qual dedicou mais de quatro décadas ao clube.
"Não havia nenhuma razão para ter dedicado a minha vida ao F. C. Porto. Foi só por coração", afirmou.