O ainda presidente da SAD do F. C. Porto, Pinto da Costa, revelou sair dos dragões "sem arrependimentos" e com a "sensação de dever cumprido".
Corpo do artigo
"Saio do F. C. Porto com a sensação de dever cumprido. Cometi erros e toda a gente comete erros. Só os burros não cometem erros, porque a sua missão é comer palha e relinchar, não podem errar. Saio com a consciência tranquila e muito confiante no futuro do F. C. Porto", disse Pinto da Costa, à SIC, antes da final da Taça de Portugal.
O ainda presidente da SAD portista abordou também a intenção de ir para o banco de suplentes, algo que não vai acontecer devido a castigo. "Querer ir para o banco não era porque se veja lá melhor, porque já não estou habituado, mas era uma homenagem que queria prestar aos jogadores que durante 42 anos proporcionaram 68 títulos no futebol nas minhas presidências. Hoje não foi possível porque estamos num país singular. Fala-se muito na liberdade de expressão, permite-se um presidente da Assembleia da República dizer que se algum deputado chamasse burro a outro consentiria".
Pinto da Costa disse ainda sair "com tranquilidade" do F. C. Porto. "Tenho tratado de tudo como se fosse no primeiro dia, tenho dedicado todo o meu tempo, e com naturalidade passarei o testemunho na terça-feira ao André Villas-Boas, que já é presidente do clube e a partir da terça-feira será presidente da SAD. Retirar-me-ei com consciência tranquila", explicou.
O dirigente focou ainda na vontade de ver o F. C. Porto a vencer o Sporting. "Quero é que o F. C. Porto ganhe. Estarei depois como estava antes de ser dirigente, nas bancadas. Assisti como adepto à primeira vitória do F. C. Porto na Taça de Portugal, frente ao Vitória de Setúbal. Não quero ser mais nada, não vou ter qualquer intervenção para que não possa ser acusado de estar a interferir ou perturbar o trabalho dos outros. Estarei retirado em absouto, mas como adepto continuarei a torcer e sofrer e acompanhar o F. C. Porto", sublinhou.