No dia em que foi apresentado o novo patrocinador principal das camisolas do F. C. Porto para os próximos quatro anos, Pinto da Costa abordou a preparação da nova temporada, negando grande parte dos rumores do mercado, mas assumindo que os dragões receberam uma proposta de "valor considerável" por Vitinha, que foi recusada por não atingir os 40 milhões de euros.
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"É com muito prazer que apresentamos, oficialmente, o nosso novo parceiro, uma empresa de grande prestígio fundada há dez anos na Grécia. Já tivemos sucesso juntos, porque fomos campeões de andebol com a Betano nas camisolas e esperamos que os êxitos continuem", afirmou o líder dos azuis e brancos, antes de ser questionado sobre o alegado interesse do Paris Saint-Germain no técnico Sérgio Conceição.
"Segundo me dizem os meus amigos que assistem a determinados programas de televisão, o Sérgio Conceição está há muito tempo em Paris. Aliás, ontem recebi uma chamada dele e, pelo barulho do vento no telemóvel, estava claramente no topo da Torre Eiffel", brincou Pinto da Costa, mantendo a ironia em relação ao interesse de grandes clubes em muitos jogadores do F. C. Porto.
"Mais preocupado do que com saídas, tenho de estar com as entradas. Pelo que tenho lido, o F. C. Porto já não tem equipa, foi tudo embora. Diogo Costa, Taremi, Vitinha, Toni Martínez... vamos partir do zero, não temos ninguém. Quando o novo treinador vier, temos de estudar as entradas. Não temos ninguém para sair, mas temos de admitir que qualquer jogador, desde que batem a cláusula de rescisão, não podemos impedir que saia", acrescentou o presidente dos azuis e brancos.
"A única coisa que posso garantir é que não há nenhum contacto oficial de nenhum clube por Diogo Costa, Taremi e Toni. Houve uma oferta concreta, de um valor considerável, pelo Vitinha, que não aceitámos. Remetemos para a cláusula de rescisão. Claro que os adeptos podem estar descansados", afirmou, antes de deixar mais uma garantia sobre o médio internacional português: "Um euro abaixo da cláusula de rescisão e o Vitinha não sai"
Confrontado com as palavras do treinador André Villas-Boas, que afirmou que é difícil aos dragões resistirem ao assédio de clubes ingleses, Pinto da Costa recuou até ao momento da saída do técnico do Dragão: "Ninguém melhor que o André Villas-Boas para fazer essa afirmação. Foi o dinheiro inglês que, a oito dias do início do campeonato, o tirou da cadeira de sonho dele. Se ele abandona o F. C. Porto para ir para Inglaterra, é óbvio que eles têm um poder económico, sobretudo por causa dos impostos. Aqui um ordenado líquido de um milhão de euros custa 2,2 aos clubes, noutros países custa 1,5".
Pinto da Costa abordou, ainda, os castigos aplicados pelo Conselho de Disciplina ao administrador Vítor Baía e ao diretor de Imprensa, Rui Cerqueira. "Não me merece qualquer comentário. Foi muito falado, deu para muitos programas e alertas e, no fim, a montanha pariu um rato. Ficou provado que aquilo que se passou foi traduzido nos castigos do CD. O nosso administrador Vítor Baía assumiu que insultou o outro cavalheiro, não vale a pena referir o que disse, e que o Rui Cerqueira teve pena maior porque era reincidente. O Sérgio Conceição foi ilibado e é um assunto encerrado".