Antigo jogador do Barcelona continua sem compreender, nem perdoar, a traição de Figo, que trocou o clube catalão pelo Real Madrid, em 2000. Foi a arma eleitoral de Florentino Pérez para chegar à presidência do clube merengue.
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A célebre mudança de Luís Figo do Barcelona para o Real Madrid já foi há 24 anos, mas ainda continua a dar muito que falar. Piqué, que foi um dos símbolos do Barcelona e uma bandeira catalã, não se esquece da opção do internacional português, arma eleitoral de Florentino Pérez para chegar à presidência do clube merengue. Convidado do programa espanhol "La Revuelta", o antigo jogador recordou que aquele caso lhe marcou a adolescência.
"Foi muito difícil o que ele fez. Eu tinha 13 ou 14 anos, vivi aquilo com mais intensidade e ele era o ídolo de uma geração. Ganhou a Bola de Ouro nesse ano, disse que ia ficar e na semana seguinte apareceu com a camisola do Real Madrid", adiantou o antigo jogador do Barcelona, sem papas na língua e capaz de confrontar o antigo capitão da equipa catalã: "Estou disponível e vou dizer-lhe na cara todo o mal que nos fez. Não há problema nenhum. Ele nunca o admitirá, mas os danos que causou a si próprio serão recordados para o resto da sua vida. Estou aqui sentado com ele, não há problema nenhum".
Apesar de não ter compreendido a saída de Figo para o Real Madrid, Piqué garante que mantém uma boa relação pessoal com Figo: "Como culé tenho-o como condenado, mas como pessoa, vi-o recentemente e pareceu-me bem, falámos. Será que disse ‘Figo, come os meus tomates’? Não me lembro. Estava em Abu Dhabi e ele não me pareceu zangado".