A polícia britânica está a trabalhar num esquema de segurança alternativo, com o intuito de travar um alegado plano de invasão da pista de Silverstone, onde no domingo se disputa mais uma prova do Mundial de Fórmula 1.
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O diretor de Silverstone, Stuart Pringle, mostrou-se, nesta sexta-feira "confiante" de que o GP da Inglaterra será disputado no próximo domingo com "toda a segurança", apesar da ameaça de protesto.
Já a Polícia de Northamptonshire, em comunicado, alertou para a possibilidade de um protesto na pista durante a corrida, falando em "evidências confiáveis".
"Recebemos informações credíveis, de que um grupo de manifestantes planeia interromper o evento e possivelmente invadir a pista no dia da corrida", detalhou a Polícia local, responsável pela segurança do evento.
"Solicitamos que não coloque pilotos, comissários, voluntários e o próprio público em risco. Entrar numa pista é extremamente perigoso. Se o plano de invasão seguir em frente, será uma atitude imprudente, que colocará vidas em risco", afirmou, entretanto, Stuart Pringle, diretor do circuito britânico.
"Estamos a trabalhar em colaboração com a polícia de Northamptonshire e os serviços de emergência para criar planos e metodologias, para garantir que estejamos totalmente preparados para lidar com este tipo de situações. Estou confiante que, com a ajuda da Polícia e os nossos recursos, que vamos possibilitar um evento seguro para todos os adeptos e isso é a nossa prioridade absoluta", sustentou Stuart Pringle.
O comunicado solicita ainda que todas as pessoas que vão assistir à corrida estejam atentas e relatem qualquer indício de irregularidade, às autoridades. "Devem permanecer vigilantes e relatem qualquer coisa suspeita a um funcionário do circuito", precisou.
Em 2003, ficaram na retina as imagens de um protesto na pista, protagonizado pelo padre católico Cornelius Horan, durante a realização do Grande Prémio de Fórmula 1 de Silverstone: O espectador, munido de cartazes de teor religioso, escapou à vigilância dos seguranças, entrou na pista e correu em direção aos bólides. Acabaria por ser detido e, mais tarde, foi punido com dois meses de prisão. A mesma pessoa, no ano seguinte, invadiu a maratona olímpica, em Atenas, Grécia, atitude que custou o ouro a Vanderlei Cordeiro de Lima, o atleta brasileiro que liderava a prova, com mais de meio minuto de vantagem. Com a ajuda do público, o corredor canarinho libertou-se do padre, prosseguiu a prova, mas caiu para o terceiro lugar, ficando-se pela medalha de bronze.