Dragão vence leão, com golos de Evanilson, Uribe e Galeno, os dois últimos de penálti. Resultado é pesado para a equipa lisboeta.
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O clássico teve tons de azul e acabou com uma vitória por um resultado que não deixa dúvidas. O F. C. Porto foi mais forte e, acima de tudo, mais eficaz do que o Sporting, que não conseguiu arranjar maneira de bater o brilhante Diogo Costa.
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Os dragões apanharam uns sustos, mas valha a verdade que estiveram quase sempre por cima dos acontecimentos, sob a batuta de Otávio, cujo regresso ao onze era tão inevitável como a noite a seguir ao dia. Os portistas marcaram na hora certa, mesmo em cima do intervalo e, na ponta final, arrasaram o adversário com uma série de investidas que a defesa leonina não foi capaz de segurar.
Como se esperava, a ausência de Matheus Nunes fez-se sentir no Sporting. Terá sido impossível realizar o negócio de outra maneira, mas transferir um dos melhores jogadores da equipa nas vésperas de um clássico não é, de todo, uma boa ideia. O japonês Morita, substituto no onze, deixou bons sinais e até foi o primeiro a ter o golo nos pés, num tiro ao poste, mas com o decorrer dos minutos notou-se que lhe falta o andamento do médio português que agora é do Wolverhampton.
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Sem Grujic, lesionado, e com Bruno Costa no papel de surpresa no onze, o F. C. Porto não entrou bem no jogo. A equipa de Conceição começou por só criar perigo de bola parada, mas a meio da primeira parte já tinha o domínio da partida e o 1-0 surgiu com naturalidade. Aos 42 minutos, Taremi fugiu à marcação, chegou primeiro do que Adán e deixou a bola no sítio ideal para Evanilson marcar.
A resposta leonina foi rápida e Trincão teve uma ocasião de ouro para fazer o empate a seguir, mas deparou-se com o muro de nome Diogo Costa, que ontem não estava mesmo disposto a sofrer. A vantagem ao intervalo libertava os dragões de um jogo de maior risco e essa suspeita confirmou-se na segunda parte.
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Os dragões recuaram, deram bola ao Sporting, que se ficou pelas ameaças, e acabaram com as dúvidas no último terço da partida. A entrada de Galeno desfez o equilíbrio defensivo dos leões e o extremo esteve nos lances dos quais resultaram os penáltis que definiram o resultado, convertidos por Uribe e pelo próprio brasileiro. No primeiro, Porro ainda tentou fazer de guarda-redes e foi expulso. O clássico ficou resolvido.
Mais: Otávio esteve em todo o lado e com ele no onze portista já se sabe que a música é outra. Galeno entrou com tudo.
Menos: A falta de um avançado de raiz foi bem notória no Sporting. Nervoso, Matheus Reis até um apanha-bolas empurrou.
Árbitro: Os dois penáltis são claros e no primeiro golo do F. C. Porto haveria outro, porque Taremi foi derrubado por Adán.
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Gesto polémico de Nuno Santos
Após o apito final, Nuno Santos, ala do Sporting, protagonizou um gesto que está a causar polémica. O jogador dos leões voltou-se para a frente e esfregou os dedos, quando abandonava o terreno de jogo em direção ao túnel de acesso ao balneário, num momento que foi captado pelas câmaras da transmissão televisiva da SportTV. O gesto indica dinheiro.
Varandas na tribuna presidencial
O presidente leonino, Frederico Varandas, marcou presença na tribuna presidencial do Dragão, mas afastado do homólogo Pinto da Costa. Esta semana, Varandas foi castigado com 70 dias de suspensão, na sequência de declarações sobre o líder azul e branco, mas o castigo só se aplica a zonas técnicas.
Veja o resumo do jogo:
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