Dos 18 clubes da Liga, só V. Guimarães, Estrela e Farense têm avançados centro lusos com minutos de jogo significativos.
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É, muito provavelmente, o sonho de qualquer miúdo que dá os primeiros pontapés na bola. Ser avançado centro, marcar golos atrás de golos e tornar-se ídolo, mas a verdade é que, ao longo das últimos décadas, o desporto-rei português não tem produzido pontas de lança em quantidade e qualidade semelhantes ao que acontece em relação a outras posições. Existem Cristiano Ronaldo, pois claro, e Gonçalo Ramos, mas ambos os jogadores foram adaptados à posição - CR7 era extremo e o atual jogador do PSG segundo avançado - e basta um olhar rápido aos plantéis do campeonato luso para perceber que o "9 português" é uma espécie em vias de extinção. A prova é que Sporting, F. C. Porto, Benfica e Braga têm referências ofensivas estrangeiras: Gyokeres, Samu, Pavlidis e El Ouazzani, respetivamente, e o melhor marcador dos encarnados é o extremo Akturkoglu.
Das 18 equipas que disputam a Liga profissional apenas três têm pontas de lança lusos que foram utilizados, regularmente, pelos técnicos neste início de temporada. Nélson Oliveira soma 430 minutos em oito jogos pelo Vitória de Guimarães (um golo e três assistências), Kikas tem oito encontros e 663 minutos ao serviço do Estrela da Amadora (três golos), enquanto Tomané alinhou 362 minutos em cinco partidas pelo Farense (um golo).