O treinador José Gomes analisa para o JN a vitória de Portugal frente ao Uruguai por 2-0.
Corpo do artigo
A seleção portuguesa foi uma justíssima vencedora perante um adversário muito duro e difícil. Diogo Costa apareceu quando foi preciso e Fernando Santos leu bem o jogo quando o Uruguai reagiu, com com Portugal a recuperar o controlo com as entradas de Palhinha e Matheus Nunes.
1. João Cancelo conservador
Desde o apito inicial que a seleção portuguesa demonstrou bom posicionamento, com velocidade de circulação da bola. Durante a primeira parte, o controlo e o domínio foram totais. Faltou apenas que João Cancelo receasse menos a presença de Darwin Nuñez e se envolvesse mais a nível ofensivo, porque sempre que o fez obrigou o Uruguai a afundar-se completamente á volta da sua área.
2. Diogo Costa na hora certa
A defesa de Diogo Costa salvou a inexplicável passividade defensiva do meio-campo e da defesa de Portugal quando Bentancur se isolou, desde o seu meio campo defensivo, passando por toda a gente.... Um golo sofrido neste momento do jogo e teria hipotecado totalmente a distribuição dos pontos.
3. Vantagem faz perder controlo
O 1-0 mudou o jogo. Com exposição maior da seleção uruguaia, passou a ter mais espaço que beneficiava o estilo de jogo de Rafael Leão. Surpreendentemente, Portugal abdicou de um médio mais defensivo, Bernardo Silva juntou-se a William para tentar continuar a controlar o jogo em posse, mas isso não aconteceu. O Uruguai, que abdicou de um dos três centrais, ameaçou mais, chegou mais à nossa baliza e perdemos o controlo. A entrada de Matheus Nunes e Palhinha vieram de encontro a essa necessidade, Fernando Santos leu bem e reagiu a tempo. A partir daí, Portugal voltou a controlar o jogo e a colocar a bola próxima da baliza uruguaia.