A ideia de jogo poderia ter funcionado em pleno se tivéssemos juntado ao excelente controlo do jogo em posse, os movimentos de ruptura na linha defensiva ganesa. Foi o que faltou para poder criar mais espaços entre linhas e mais situações de finalização.
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Bem posicionados, pouca velocidade Bom posicionamento da nossa seleção, com criação permanente de linhas de passe de apoio e frontais entre linhas nas costas dos médios ganeses, que, juntamente com os seus três centrais, defendiam num bloco muito baixo e coeso. Pouca velocidade na circulação, levando a um jogo que, apesar de estar totalmente controlado, foi sempre muito previsível e fácil de anular por parte dos jogadores do Gana. A exceção aconteceu no passe frontal que rompeu linhas e encontrou Ronaldo que, isolado, adiantou de mais a bola o que não lhe permitiu finalizar em condições, e ao golo anulado (muito questionável a decisão), também a Ronaldo.
Recuar dá em empate O primeiro tento da partida, de Ronaldo na conversão de um penálti, mudou o jogo: o Gana subiu no terreno, deu mais espaços e pedia-se a entrada de Rafael Leão quando estávamos a vencer por 1-0. Não o fizemos, recuámos e permitimos o empate.
Falhar a goleada e acabar a sofrer Com o Gana a subir cada vez mais, os espaços apareceram com mais frequência, a seleção africana perdeu coesão defensiva e Portugal ficou com o caminho aberto para atacar em transições ofensivas, contra-ataques e ataques rápidos. O resultado positivo, de 3-1, até poderia ter sido mais dilatado. Acabámos a olhar para o relógio, sofrendo mais um golo e a distração do Diogo Costa quase nos custava o empate, mas há que aproveitar para corrigir os erros e avançar mais forte para os próximos jogos.