Portugal apurou-se para a final do Europeu Sub19 pela sexta vez ao golear a Noruega por 5-0. A seleção procura reeditar o título conquistado em 2018 frente à Itália. Os italianos, aliás, lutam, também eles, pela final daqui a pouco contra a Espanha, na outra meia-final que se joga já a seguir (20 horas)
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Neste encontro com a Noruega, Portugal não defraudou expectativas, mas beneficiou, sem dúvida, com uma oferta inicial da defesa nórdica. Os erros básicos cometidos pela Noruega, que se deu mal com a pressão alta dos portugueses, permitiram à seleção entrar no jogo praticamente em vantagem. Gustavo Sá inaugurou o marcador (4) com a cumplicidade do guarda-redes Magnus Ree, que tentou aliviar um atraso da defesa, mas acabou por chutar contra o corpo do médio português.
Em vantagem, os portugueses não alteraram a postura agressiva em campo e à passagem do quarto de hora ganharam um canto do qual nasceu uma grande penalidade, por mão de Erik Flataker, que o árbitro argentino Yael Falcón não teve dúvidas em assinalar. Chamado à cobrança, Hugo Félix bateu a bola para a direita de Magnus Ree, que ainda adivinhou o lado, mas sem evitar o segundo golo (17).
A perder por 2-0, a Noruega não conseguiu disfarçar o efeito do segundo golo de Portugal, nem as dificuldades para ligar o jogo e sair do seu meio-campo para tentar incomodar a baliza de Gonçalo Ribeiro. Pelo contrário, a pressão alta portuguesa foi sempre um problema sem soluções. A seleção manteve a posse de bola, ora pressionando na saída do adversário, forçando o erro dos defesas, ora circulando o jogo à procura de uma brecha e voltou a ser na sequência de um canto que se criou novo desequilíbrio na defesa norueguesa. Gustavo Sá ganhou a bola ao segundo poste e meteu em Rodrigo Ribeiro, que rematou à queima para o terceiro golo (31).
Antes do intervalo, Rodrigo Ribeiro ainda provocou arrepios nos defesas nórdicos (38), mas falhou um desvio de cabeça por muito pouco, na sequência de um livre de Hugo Félix.
A segunda parte começou, praticamente, como terminou, com dois lances sucessivos de perigo interpretados por Rodrigo Ribeiro: no primeiro esticou-se na sequência de um cruzamento de Hugo Félix, mas não chegou à bola de cabeça, e no segundo tentou um pontapé acrobático, que saiu rente ao poste.
Em vantagem, o selecionador Joaquim Milheiro não arriscou, tirou os jogadores amarelados e geriu recursos a pensar na final. Mesmo sem forçar, Portugal esteve sempre mais perto do quarto golo, do que a Noruega do primeiro. Os nórdicos procuraram sair em transições rápidas, sempre que recuperaram a bola, mas o bom posicionamento da equipa portuguesa permitiu controlar algumas tentativas de aceleração do adversário, que ainda tentou ganhar a profundidade aqui e ali, mas sem incomodar a baliza portuguesa. De fora da área, no corredor central, Carlos Borges apagou um adversário com um túnel e tentou o remate com o pé esquerdo, mas Magnus Ree estava atento (63).
O quarto golo de Portugal advinhava-se e surgiu através de Rodrigo Ribeiro, que bisou de cabeça. Samuel Justo cruzou da esquerda, depois de uma jogada de envolvimento com Carlos Borges e João Vasconcelos, a bola sobrevoou a pequena área e Rodrigo Ribeiro só teve de emendar de cabeça (66). A festa do quarto golo ainda se fazia ouvir na bancada, quando um passe em profundidade de Hugo Félix permitiu a Rodrigo Ribeiro ganhar espaço nas costas da defesa nórdica. O avançado serviu Carlos Borges, que não perdoou, e fez o quinto golo (69), que selou a goleada portuguesa.
Na reta final do jogo, Martim Marques lesionou-se e obrigou Joaquim Milheiro a meter Luís Gomes. Sem lateral para o lado direito, depois da saída de Gonçalo Esteves, António Ribeiro descaiu para o lado direito da defesa (73).