A seleção nacional de futsal sagrou-se, este domingo, bicampeão Europeu ao vencer (4-2) a Rússia na final, em Amesterdão, depois de ter estado a perder por 2-0. Zicky Té foi eleito o melhor jogador do torneio.
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A coroa continua a ser de Portugal. A equipa das quinas, que este domingo completou o 151.º jogo oficial, o 100.º em fases finais, conseguiu um feito inédito ao conquistar o Campeonato da Europa pela segunda vez consecutiva, com um Mundial conquistado pelo meio, depois de levar a melhor sobre a Rússia, que ainda não tinha perdido - e até tinha o melhor ataque e a melhor defesa da prova -, numa final inédita.
O jogo não começou da melhor forma para os portugueses. Nos primeiros minutos, e tal como esperado, as equipas entraram a medo e receosas mas foi a Rússia a primeira a perder o medo. A equipa de Sergey Skorovich começou a pressionar e a criar oportunidades e, depois de ter acertado no poste, chegou mesmo ao golo aos dez minutos, após um bom trabalho de individual de Sokolov, que rodou sobre Pany antes de rematar para o fundo da baliza.
Com o golo sofrido, a armada lusa ficou ainda mais ansiosa, levando Jorge Braz a pedir pausa técnica para apelar à "tranquilidade" dos jogadores. Mas a mensagem mal teve tempo de fazer efeito: Afanasyev ampliou a vantagem logo depois de o jogo retomar, complicando o a tarefa da equipa das quinas.
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Mas se há algo a que Portugal habituou, foi a reviravoltas e capítulos épicos. Já com Zicky Té como pivô de raiz, os lusos mostraram mais "tranquilidade" e atrevimento. Portugal começou a pressionar e reduziu antes do intervalo por Bruno Coelho, na sequência de um lance de bola parada. E a segunda parte começou como acabou a primeira: com a equipa das quinas por cima, até que Putilov, num lance infeliz, marcou um autogolo.
Com 2-2 no marcador, a esperança que a história escrita diante da Espanha se repetisse aumentou e Portugal nunca mais parou de pressionar a Rússia. A nove minutos do fim, Bruno Coelho acabou por bisar e deixar a equipa das quinas na frente do marcador e a um passo do título.
A reconquista estava a uns minutos de distância e Pany Varela selou a glória. Numa altura em que a equipa russa apostava no cinco para quatro, com o guarda-redes a avançado, o português pressionou no miolo, roubou a bola ao defensor adversário e assegurou mais uma caminhada gloriosa. E a festa foi portuguesa em Amesterdão.
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