Quinas vencem Espanha nas grandes penalidades e juntam primeira edição deste troféu ao Europeu e Mundial. Edu sai do banco e veste a capa de herói.
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Faltam as palavras para descrever o que Portugal tem feito nas quadras mundiais. Ontem, na primeira edição da Finalíssima Intercontinental - prova organizada entre a UEFA e CONMEBOL - a equipa das quinas, que não perde há 1819 dias, derrotou a Espanha nas grandes penalidades (4-2), depois de um jogo que terminou empatado (1-1) no tempo regulamentar e prolongamento.
A Espanha foi a primeira a abrir o marcador. Fede Vidal usou da melhor forma o "time out" e, no reatar do jogo, Mellado apareceu muito bem a finalizar em zona frontal, numa jogada claramente estudada. Um golo muito próximo do final da primeira metade que caiu que nem um balde de água fria na equipa portuguesa.
E era nesta toada, morna e extremamente pensada, que se jogava a final. Mais quente só mesmo os duelos entre portugueses e espanhóis (com muitas faltas à mistura) que se mantiveram na segunda metade.
Com tanto equilíbrio voltou a ser um detalhe a fazer mexer as redes. Erro gigante da Espanha, com Pol Pacheco a fazer um passe para Afonso Jesus que, na cara do guardião Didac, picou com a maior calma do Mundo. É daqueles lances para se dizer: parece fácil!
Sem mais golos - no tempo regulamentar e prolongamento - a decisão ficou entregue às grandes penalidades e aí a confiança de Portugal transbordou para dentro de campo, com eficácia máxima. Na hora da verdade, o guarda-redes Edu, que entrou apenas para este momento, defendeu dois remates e vestiu a capa de herói.